Quatro especialistas do Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer, órgão ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), realizaram nesta quarta-feira (13) uma visita ao depósito das urnas eletrônicas do Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA). O CTI Renato Archer faz análise técnica de hardware, tanto nos protótipos das urnas quanto nas já montadas para detectar e reduzir as chamadas falhas não aleatórias.

Equipamentos eletrônicos podem, eventualmente, apresentar falhas provocadas por condições ambientais de armazenamento. Para acompanhar essa e outras situações e atividades, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) possui um termo de execução descentralizada com o CTI Renato Archer, que auxilia na avaliação e no constante monitoramento para garantir a integridade das urnas. 

O coordenador de Tecnologia Eleitoral do TSE, Rafael Azevedo, explica que, em lugares úmidos como o Pará, mesmo que haja o uso de ar-condicionado, podem surgir, em determinados modelos de urnas, as primeiras características de envelhecimento do equipamento. “Algumas degradações ocorrem em função do clima, da alta umidade e da temperatura”, informou. Ele acompanhou, junto ao chefe da Seção de Tecnologia de Urnas Eletrônicas (STUE) do TSE, Ivanildo Soares, a visita da equipe do CTI.

Rafael Azevedo esclarece que o objetivo é prolongar ao máximo a vida útil do equipamento, tornando-o também o mais estável possível nos dias de votação. No futuro, isso pode contribuir para a diminuição do número de urnas de contingência e, consequentemente, economia na aquisição de novas urnas eletrônicas.

Condições de armazenamento

Os integrantes do CTI Renato Archer visitaram o TRE do Pará para avaliar justamente as condições de armazenamento das urnas; contribuir com sugestões para melhorar tais medidas e, eventualmente, sugerir padrões que possam ser aplicados em toda a Justiça Eleitoral.

Durante a visita, os técnicos do órgão vinculado ao MCTI colocaram medidores de umidade e de temperatura em pontos estratégicos do depósito, que permanecerão por um período determinado para gravar a umidade e temperatura ambientes. Os dados coletados serão encaminhadas ao CTI para análise.

Sebastião Eleutério Filho, especialista em hardware do CTI Renato Archer, enfatizou que o objetivo da visita ao TRE do Pará é verificar os locais de armazenamento das urnas e como condições ambientais podem influir no tempo de vida do produto eletrônico. “No caso específico, estamos tratando do impacto disso nas urnas. Estamos aqui para sugerir meios para diminuir esse impacto, particularmente em algum dos componentes da urna, como a bateria e o display (a tela do equipamento)”, esclareceu o especialista.

Parte da atividade da equipe do CTI é fazer esse levantamento para, posteriormente, apresentar um relatório. O documento servirá como subsídio ao TSE e ao próprio TRE paraense com relação às medidas a serem tomadas para diminuir a taxa de falhas do equipamento eventualmente existentes, antes e, principalmente, durante a eleição. Alguns componentes da urna, tais como os terminais do mesário e do eleitor, são mais sensíveis à umidade e temperatura, bem como as baterias dos equipamentos.

EM/CM, DM

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