A empresa onde Paulo Roberto de Moraes trabalhava afirmou que não compactua com a atitude tomada por ele

Enquanto 13 milhões de pessoas estão desempregadas no país , um funcionário gravou um vídeo debochando de currículos que ele deveria analisar e postou as imagens nas redes sociais, expondo candidatos. A atitude repercutiu mal entre internautas, que criticaram a postura do rapaz e comunicaram a empresa em Campo Grande (MS) — da qual ele foi demitido.

A empresa Avante Energia, de prestação de serviços em instalações elétricas, informou, nesta quarta-feira, que Paulo Roberto de Moraes não faz mais parte do seu quadro de colaboradores. Disse ainda que não compactua com a atitude tomada por ele, frisando que \”não tolera atitudes de quebra de sigilo das informações\”.

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Nas redes sociais, o funcionário expõe alguns dos candidatos e debocha de outros.

\”A Empresa Avante Energia e Serviços não tinha conhecimento do vídeo postado, agradecemos a informação. Não compactuamos com a atitude tomada pelo funcionário que usou sua rede social particular postando vídeos e fotos sem autorização da empresa. A empresa Avante através do seu representante legal informa que não tolera atitudes de quebra de sigilo das informações e não tem a prática de utilizar redes sociais, mediante ao exposto informamos que o funcionário já não faz mais parte do nosso quadro de colaboradores\”, afirma o comunicado da empresa.

Embora tenha pedido desculpas nesta terça-feira, num outro vídeo (que já foi apagado), as críticas à forma como Paulo lidou com pessoas em busca de trabalho continuaram.

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Após repercussão negativa nas redes sociais, funcionário de debochou de currículos que deveria analisar foi demitido e pede desculpas.

\”Apagou o pedido de desculpas. Deu tantas dicas bacanas, podia ter feito o vídeo sem humilhar as pessoas! A lei do retorno é linda, pois agora ele que vai mandar currículo!\”, afirmou um usuário do Facebook.

\”Gente! Seu idiota, brincando com pessoas que estão desempregadas. Isso não pode ficar assim. Vamos postar até chegar às mãos de seus superiores\”, escreveu outro.

\”Nossa, esse cara não pensa que o dia de amanhã pertence a Deus. Cuidado, esse aí que você zombou pode se tornar seu chefe… Absurdo, zombando das pessoas. Imagina esse cara liderando uma equipe… Nossa, muito feia a sua postura. Eu jamais teria você na minha equipe, debochado. Usa essa sua boca pra motivar aqueles que estão precisando de um apoio\”, disse mais um.

Além dos comentários, internautas também compartilharam um exemplo de vaga publicada pelo então funcionário da Avante Energia em um grupo da rede social. Um dos requisitos para participar do processo seletivo, segundo ele, é ser do sexo feminino, e isso fica claro em determinada parte do vídeo, quando mostra uma série de mensagens no WhatsApp enviadas por mulheres. Além disso, ele diz estar cansado de receber tantos currículos.

Paulo se identificava no Facebook como coordenador-geral na Avante Energia desde outubro de 2017 e coordenador no Instituto Efort desde maio de 2016. No entanto, ele já havia sido demitido deste segundo local, conforme a própria instituição informou em sua página, após receber uma série de denúncias de internautas sobre a atitude dele.

A Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco Energia) também se manifestou, por meio de seu perfil no Twitter, diante das reclamações, esclarecendo que não tem relação direta com funcionários das empresas associadas.

O Brasil perdeu 43 mil empregos formais em março , marcando o terceiro pior resultado para o mês desde 2002, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pelo Ministério da Economia. Considerando o dado sem ajuste sazonal, o país fechou o trimestre com criação de 164,2 mil vagas, uma queda de 15,8% em relação aos 195,2 mil empregos criados em igual período do ano passado.

Fonte: O Globo

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