Leila Barros explica relatório sobre projeto antitabagismo

Relatora de um projeto antitabagismo (PLS 769/2015) na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), a senadora Leila Barros (PSB-DF) explicou em Plenário, nesta sexta-feira (7), que seu voto foi favorável à proposta, com algumas alterações em relação ao texto aprovado pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS).

A parlamentar disse ser favorável à proibição de venda de cigarro em máquinas automáticas, mas é contrária à proposta de impedir que esse produto fique exposto nos locais de venda. Ela explicou que a ocultação do cigarro nos locais de venda, além de dificultar a vida dos comerciantes, pode desestimular quem quer vender um produto lícito, fazendo com que os oriundos do contrabando e da fabricação ilegal ganhem força no mercado.

Propomos que os cigarros fiquem acondicionados em expositores e mostruários exclusivos, contendo advertências sobre os riscos decorrentes do uso do tabaco, bem como mensagem de proibição para menores de 18 anos. Vedamos ainda o uso de dispositivos ou recursos visuais, gráficos, sonoros, sensoriais, de movimento ou não, de iluminação no interior ou fora do expositor ou do mostruário, que confira destaque aos produtos fumígenos ou a uma marca específica — explicou.

Leila disse ser contrária ao trecho do projeto que exige embalagens genéricas e comuns para todos os cigarros, por atentar contra a Constituição, que protege a propriedade das marcas, nomes de empresas e outros signos distintivos.

Paim chama a atenção para deficiências do SUS em municípios de fronteira

O senador Paulo Paim (PT-RS) chamou a atenção em Plenário, nesta sexta-feira (7), para as deficiências do Sistema Único de Saúde (SUS) nos mais de 600 municípios brasileiros na região de fronteira, onde vivem 12 milhões de pessoas e que abrange mais de 17 mil quilômetros.

O parlamentar citou dados do Conselho Federal de Medicina (CFM) que apontam que em 93% desses municípios não há nenhum leito de unidade de terapia intensiva (UTI) vinculado ao SUS.

Paim lembrou que, em mais de um terço das regiões de fronteira, não há um hospital geral. O senador afirmou ainda que na maioria desses municípios a mortalidade infantil é maior que a média brasileira.

— Seus problemas são muito mais graves do que aqueles que têm atenção maior do poder público em outras áreas. Mesmo assim, para quem está afastado dessa realidade, em outros centros do país, parece um conceito vago, mas não é. Uma visão de quem está vendo somente de longe algo que está, literalmente, às margens do Brasil — disse.

CCJ debate projeto que moderniza atividade turística e transporte aéreo no país

A proposta que busca estimular e modernizar a atividade turística e o transporte aéreo no Brasil será debatida em audiência pública da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), na terça-feira (11). O debate será feito por sugestão do senador Rodrigo Cunha (PSDB-AL) e ocorrerá na sala 3 da ala senador Alexandre Costa, a partir das 10h.

O projeto de lei (PL) 1.829/2019, de autoria do ex-deputado Carlos Eduardo Cadoca, atualiza conceitos e diretrizes do turismo às recomendações da Organização Mundial do Turismo (OMT) e de outros organismos internacionais e incorpora iniciativas e práticas já adotadas pelo Ministério do Turismo, pela Embratur e pelo trade turístico nacional à Lei Geral do Turismo (Lei 11.771, de 2008). Dentre várias mudanças, acaba com a classificação dos hotéis por meio de atribuição de estrelas.

No texto, entanto, faz alterações controversas como a diminuição de 10% para 3% o percentual de quartos adaptados para pessoas com deficiência e determina o fim da cobrança, nos quartos, da taxa do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad). O relator na CCJ, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), já sinalizou a intenção de eliminar esses dispositivos. Na opinião de Randolfe, a alteração trará diminuição do pagamento de direitos autorais sem necessariamente baratear o custo da hospedagem.

Na versão original, o projeto também previa a abertura do mercado da aviação para empresas estrangeiras, ao permitir ao capital estrangeiro controlar empresas aéreas com sede no país. Mas essa permissão já foi concedida pela Medida Provisória 863/2018. Randolfe sugere então condicionar essa autorização ou concessão à empresa aérea brasileira com mais de 20% de capital estrangeiro à operação de, ao menos, 5% de seus voos em rotas regionais, por um prazo mínimo de dois anos.

Participantes

Para a audiência foram convidados os ministros do Turismo, Marcelo Antônio, e da Economia, Paulo Guedes; o diretor da Associação Brasileira de Resorts (ABR), Alberto Cestrone; o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis Nacional (ABIH), Manoel Linhares; o presidente do Conselho de Administração do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB), Alexandre Gehlen; e a superintendente executiva do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), Glória Braga.

Também serão ouvidos profissionais como a arquiteta Silvana Cambiaghi, especialista em acessibilidade e desenho universal; Paula Lavigne, produtora e empresária do setor cultural; e os cantores e compositores Roberto Frejat e Nando Reis.

COMO ACOMPANHAR E PARTICIPAR

Participe:
http://bit.ly/audienciainterativa
Portal e-Cidadania:
senado.leg.br/ecidadania
Alô Senado (0800-612211)

Izalci defende recursos para ciência e tecnologia no Brasil

O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) elogiou nesta sexta-feira (7), em Plenário, a estudante Juliana Estradioto, de 18 anos, vencedora do primeiro lugar na categoria Ciência dos Materiais da International Science and Engineering Fair (Intel ISELF), considerada uma das maiores feiras de ciências do mundo para estudantes do ensino médio.

O projeto apresentado, explicou o parlamentar, utiliza a casca da macadâmia em curativos para ferimentos na pele e também na criação de embalagem plástica sustentável. Izalci destacou que são exemplos como esse que mostram a importância do investimento em pesquisa no Brasil.

— Precisamos de recursos para que possamos criar mais oportunidades para nossos jovens e talentosos pesquisadores, para que eles permaneçam no Brasil e possam ter condições de realizar muito mais em favor da ciência e tecnologia e também da medicina, que são setores de vital importância para o progresso econômico e social de uma nação — disse.

Kajuru defende projeto que obriga órgãos do Sistema S a criar serviço de apoio a idosos

O senador Jorge Kajuru (PSB-GO) falou nesta sexta-feira (7), em Plenário, sobre projeto de autoria dele que obriga as entidades do Sistema S (como Senai, Sesc e Sesi) a cooperar e dividir, entre si, apoio às pessoas idosas que, por causa de doença ou acidente, dependam de outras para atividades diárias.

Ele disse que o projeto, que deve ser apresentado nesta sexta, foi inspirado no Japão, país onde há respeito às pessoas com mais de 60 anos. Segundo Kajuru, a proposta prevê que as entidades do Sistema S deverão destinar 3% de suas receitas para a implementação desse serviço.

— As entidades reunidas por força desta lei deverão implementar cuidados de longa duração que se caracterizam por ações transversais, que formem um conjunto de serviços para pessoas com dependência, com ações de reabilitação, terapia ocupacional, serviços médicos, assistenciais e psicológicos, que serão prestados no âmbito institucional, familiar e comunitário — explicou.

Confúcio destaca educação na República Velha e identifica falta de sequência de programas

Durante pronunciamento nesta sexta-feira (7) o senador Confúcio Moura (MDB-RO) continuou a série de discursos que vem fazendo com o objetivo de recuperar o processo histórico da educação do Brasil e identificar quais erros podem ser superados. Ele destacou as ações implantadas durante a República Velha, mostrando a realidade dos anos de 1920 a 1930. Para ele, um dos grandes entraves da educação no país é a falta de continuidade de programas que hoje poderiam estar gerando resultados positivos.

— Parece que a história vai e volta, é um ciclo permanente de fazer e desfazer. A falta de consecução, a falta de um presidente pegar o que o outro fez e dar continuidade — avaliou.

O senador citou os projetos iniciais de universalização do ensino gratuito em São Paulo, Ceará, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Pernambuco e lembrou reformas federais no período, entre elas, a reforma de Rocha Vaz, em 1925, que instituiu o controle ideológico sobre o sistema de ensino, além de outras iniciativas governamentais como as escolas operárias e os precursores da Escola Nova, que defendiam a escola pública, laica, igualitária, sem privilégios.

Confúcio concluiu que a ideia de que a educação é a solução para todos os problemas do país surgiu no contexto da República Velha, celeiro que germinou boa parte das ideias pedagógicas que ainda hoje orientam o sistema educacional brasileiro.

CRA discute políticas para combater impactos negativos no agronegócio

O impacto das políticas de propriedade industrial no mercado de agroquímicos (também chamados de agrotóxicos ou defensivos agrícolas) será o assunto de debate promovido pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) na próxima quarta-feira (12), às 11h. Requerida pelo senador Lasier Martins (Pode-RS), a audiência pública acontecerá na sala 7 da Ala Senador Alexandre Costa.

Ao justificar o pedido, Lasier afirmou que o agricultor, principalmente de culturas como soja, milho e algodão, não tem o poder de definir o preço de seus produtos, que dependem de fatores externos, como o mercado internacional. Sendo assim, conforme o senador, uma das formas para garantir maior rentabilidade é reduzir custos de produção. Isso seria possível, por exemplo, com o uso de agroquímicos genéricos, que chegam a ser até 25% mais baratos que os oferecidos por grandes empresas multinacionais.

Lasier entende que uma maior competição no mercado de agroquímicos, hoje concentrado nas mãos de poucas empresas, poderia vir pelo aumento da oferta de agroquímicos genéricos, o que possibilitaria a oferta de insumos mais baratos. Porém, de acordo com o parlamentar, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) é moroso na análise dos pedidos de quebra de patentes nesse setor (requisito para a produção de genéricos) que, em alguns casos, chegou a superar 14 anos.

“Para se ter uma noção de valores, só em 2009 foram movimentados no mercado de defensivos agrícolas no Brasil R$ 12,9 bilhões. Segundo matéria divulgada no jornal O Estado de S. Paulo, em 2014, apenas três produtos — um herbicida e dois inseticidas — movimentaram cerca de R$ 300 milhões por ano, sendo que tais produtos ainda estavam protegidos por patentes”, informou Lasier.

Foram convidados para o debate representantes da Secretaria de Governo da Presidência da República, do Ministério das Relações Exteriores, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, além da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da Associação Brasileira da Propriedade Intelectual (ABPI).

COMO ACOMPANHAR E PARTICIPAR

Participe:
http://bit.ly/audienciainterativa
Portal e-Cidadania:
senado.leg.br/ecidadania
Alô Senado (0800-612211)

Áudio: CI: especialistas denunciam estagnação do setor ferroviário no país

A Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) debateu na quinta-feira (6) o PLS 261/2018, considerado o marco regulatório do transporte ferroviário. Além de permitir a exploração privada de ferrovias, a proposta também cria um órgão de autorregulamentação para aspectos operacionais. Na audiência, os especialistas criticaram a licitação de novos trechos da Ferrovia Norte-Sul, no mês de março. Já a senadora Kátia Abreu (PDT-TO) lamentou a exclusão do direito de passagem da ferrovia, o que permitiria, na sua visão, o aumento da concorrência e a redução do preço das cargas transportadas.  A reportagem é de Marcella Cunha, da Rádio Senado.

Desafios do SUS serão debatidos em audiência pública na CDH

A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) vai debater em audiência pública na terça-feira (11) a falta de médicos e a atual situação do Sistema Único de Saúde (SUS). A audiência foi solicitada pelo presidente da comissão, senador Paulo Paim (PT-RS).

Conforme o Ministério da Saúde, o SUS é um dos maiores e mais complexos sistemas de saúde pública do mundo, que atende das demandas mais simples às mais complexas. Engloba a atenção básica, de média e alta complexidades, os serviços de urgência e emergência, a atenção hospitalar, as ações e serviços das vigilâncias epidemiológica, sanitária e ambiental e a assistência farmacêutica.

O SUS tem como princípios básicos a universalização, que assegura o direito à saúde a todos, independentemente de características; a equidade, cujo objetivo é tratar desigualmente os desiguais, investindo mais onde a carência é maior; e a integralidade, que considera as pessoas como um todo e busca atender todas as suas necessidades.

Foram convidados para participar da reunião o médico e conselheiro do Conselho Federal de Medicina (CFM) Donizetti Dimer Giamberardino Filho; o presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior, Antonio Gonçalves Filho; e o professor e pesquisador do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde da UnB Heleno Corrêa. O debate deve contar também com a presença de representantes do Ministério da Saúde, do Conselho Nacional de Saúde (CNS), da Confederação Nacional de Municípios (CNM) e da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).

A audiência será às 9h na sala 7 da Ala Alexandre Costa.

COMO ACOMPANHAR E PARTICIPAR

Participe:
http://bit.ly/audienciainterativa
Portal e-Cidadania:
senado.leg.br/ecidadania
Alô Senado (0800-612211)

Comissão da MP que simplifica registro de empresas se reúne na quarta-feira

A comissão mista responsável pela Medida Provisória 876/2019, que simplifica o registro de novas empresas, deve votar o relatório na próxima quarta-feira (12), às 14h. O colegiado é presidido pelo senador Jorginho Mello (PL-SC) e tem, como relator, o deputado Aureo Ribeiro (SD-RJ).

A MP prevê o registro automático nas juntas comerciais de firmas constituídas como Empresário Individual, Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (Eireli) e Sociedade Limitada (Ltda), quando preenchidos determinados requisitos. Caso esses requisitos não sejam atendidos, os atos devem ser efetivados no prazo de dois dias úteis.

O texto também estabelece que a declaração do advogado ou do contador da empresa passa a ter fé pública. Na prática, quando o advogado ou o contador que representa a empresa atestar verbalmente, na hora do atendimento, a autenticidade de documento relativo à empresa que estiver representando na junta comercial, não precisará haver cópia autenticada.

A MP tem prazo até 11 de julho, e perderá a validade se não for analisada pelo Congresso Nacional até essa data. Depois da votação do parecer na comissão mista, o texto será remetido à Câmara dos Deputados e, se aprovado, encaminhado ao Senado.