Combate à desinformação pelo TSE é tema de palestra no Encontro Nacional de Comunicação do Poder Judiciário

Na tarde desta sexta-feira (6), o juiz auxiliar da Presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Ricardo Fioreze e a assessora-chefe de Comunicação do Tribunal, Ana Cristina Rosa, ministraram a palestra “Estratégias de Combate às Fake News”, no III Encontro Nacional de Comunicação do Poder Judiciário, em Brasília. Ambos apresentaram um panorama sobre o Programa de Enfrentamento à Desinformação do TSE, bem como apontaram as principais ações realizadas pela Comunicação do órgão para conscientizar a população sobre os malefícios da disseminação de informações falsas.

Ricardo Fioreze, que também é coordenador do grupo gestor do Programa, fez uma síntese das principais ações e providências adotadas para enfrentar a divulgação da desinformação durante as Eleições 2018, e falou sobre as novas estratégias do órgão para combater a propagação de informações falsas nas Eleições Municipais de 2020.

Para o magistrado, as características do fenômeno da desinformação trazem sérios riscos à imagem e à própria atuação das instituições em geral. Contudo, no caso da Justiça Eleitoral, é o próprio processo eleitoral brasileiro que é posto em risco. “Isso nos traz a óbvia conclusão de que nós precisamos buscar, como solução, ações que resultem na participação ampla, de iniciativa dos diversos atores sociais. Nós temos aqui um fenômeno cuja solução envolve uma responsabilidade difusa e cujos meios e soluções são de curto, médio e longo prazos”, disse Fioreze.

Comunicação

$\"Juiz$ A assessora-chefe de Comunicação do TSE, Ana Cristina Rosa, ao falar de estratégias para coibir a desinformação, afirmou que isso só é possível com a disseminação de informações e conteúdos de qualidade. “A partir desse entendimento, a Assessoria de Comunição do TSE passou a desenvolver uma série de produtos, em texto, áudio e vídeo, além de portais, para levar informações verdadeiras e de qualidade sobre a Justiça Eleitoral à população”, disse.

Segundo Ana Cristina, a Justiça Eleitoral sempre foi um órgão muito prestigiado do Judiciário. Entretanto, nas Eleições de 2018, se viu como alvo de ataques, o que pôs em xeque a credibilidade do sistema eleitoral como um todo. “Em um primeiro momento, fomos tomados de surpresa, pois, embora soubéssemos que esse tipo de desinformação era utilizado na política, pela primeira vez, ele foi usado contra a Justiça Eleitoral. Contudo, conseguimos reagir rapidamente”, esclareceu.

Programa

O Programa de Enfrentamento à Desinformação do TSE com Foco nas Eleições 2020 foi instituído pela Presidência do Tribunal em agosto deste ano, com o objetivo de combater os efeitos negativos provocados pela desinformação no processo eleitoral brasileiro. Atualmente, a iniciativa conta com 45 instituições parceiras, entre partidos políticos e entidades públicas e privadas que buscam fortalecer a segurança da informação na internet.

O programa foi organizado em seis eixos temáticos: “Organização interna”, “Alfabetização Midiática e Informacional”, “Contenção à Desinformação”, “Identificação e Checagem de Desinformação”, “Aperfeiçoamento do Ordenamento Jurídico“ e “Aperfeiçoamento de Recursos Tecnológicos”, detalhou o coordenador do Programa, Ricardo Fioreze.

Evento

Promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o encontro reuniu, nesta quinta (5) e sexta-feira (6), em Brasília, especialistas em Comunicação, magistrados, secretários, diretores, assessores, servidores e demais trabalhadores da área de Comunicação dos tribunais brasileiros. O objetivo do encontro foi debater ações estratégicas de comunicação para o Poder Judiciário.

IC/LC, DM

03.12.2019 – TSE recebe menção honrosa no 16º Prêmio Innovare por ação de combate à desinformação

28.11.2019 – Abradep e Instituto de Liberdade Digital aderem ao Programa de Enfrentamento à Desinformação

30.08.2019 – TSE lança Programa de Enfrentamento à Desinformação com Foco nas Eleições 2020

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