Representantes da USP participam do Teste Público de Segurança

O Teste Público de Segurança (TPS) do Sistema Eletrônico de Votação 2021, realizado de 22 a 26 de novembro, conta com a presença de observadores da Universidade de São Paulo (USP). A participação de representantes do Laboratório de Arquitetura e Redes de Computadores (Larc) do Departamento de Engenharia de Computação e Sistemas Digitais da Escola Politécnica (Poli/USP) faz parte da agenda do convênio firmado entre o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a universidade, no dia 8 de outubro de 2021.

Os professores Wilson Ruggiero e Marcos Simplício, coordenador e vice-coordenador do convênio, participam do Teste para realizar uma espécie de auditoria externa. A equipe da USP no evento conta com a participação de alunos de graduação e pós-graduação que fazem parte do convênio.

Assim como a equipe técnica do Tribunal, durante o TPS, eles ficam à disposição dos investigadores. Esse acompanhamento da equipe do Laboratório prosseguirá em testes de confirmação, para atestar a correção de eventuais vulnerabilidades identificadas pelos investigadores. Ao final de cada etapa, será feito um relatório.

O convênio de cooperação técnica prevê o intercâmbio de conhecimento e atividades de pesquisa e inovação em tecnologias emergentes aplicadas ao sistema eletrônico de votação da Justiça Eleitoral. A ideia é promover a criação de um sistema ainda mais transparente para as eleições.

Também estão previstas no acordo – que terá a duração inicial de 12 meses – análises e avaliações dos sistemas eleitorais e do hardware das urnas eletrônicas, com o objetivo de implementar melhorias na segurança dos softwares e equipamentos utilizados no processo eleitoral.

Atividades principais

Segundo Wilson Ruggiero, o convênio possui duas frentes: uma delas é a análise de segurança do sistema atual e, por isso, a participação dos professores. O Laboratório também realizará um teste de segurança da urna no seu próprio espaço físico. “Desta forma, a presença neste evento nos permite vislumbrar os planos dos investigadores, as linhas que seguiram, para que possamos dar continuidade no Laboratório ou mesmo fazer uma análise mais aprofundada, além de executar outros planos sugeridos por nossa equipe. Vamos reportar ao TSE tudo o que vimos durante todo o evento”, disse.

A segunda iniciativa é o que vem sendo chamada pela equipe do Laboratório de: “Eleições do Futuro, um processo no qual será estudado todo o “estado da arte” do sistema eletrônico de votação. “Nosso objetivo é apoiar a incorporação de novos desenvolvimentos tecnológicos, aprimorando cada vez mais a segurança, a auditabilidade e a transparência do processo eletrônico da votação”, destacou Ruggiero.

Abertura

De acordo com o professor, o TPS definitivamente traz melhorias para a urna eletrônica, apresentando novos desafios e adaptações. “Mas, o sistema eletrônico está, e sempre esteve, em aprimoramento, e a Justiça Eleitoral é aberta a isso”, reforçou.

O coordenador do convênio explicou que a proposta não é, ao final do prazo da parceria, propor mudanças radicais de uma hora para outra. “Redução de custos é sempre um objetivo. Mas não podemos perder nenhuma característica de segurança que já existe. É preciso incorporar novas tecnologias, trazer mais facilidades para o eleitor, preservando todos os avanços que sistema eletrônico de votação já tem”, lembrou.

De acordo com o vice-coordenador do projeto, Marcos Simplício, este acordo é uma semente de uma parceria mais ampla com a comunidade acadêmica, como uma forma de trazer os anseios, comentários e críticas dos cientistas para dentro do TSE e ajudar a discutir este tema. “Com tudo isso, ganham a cidadania, o eleitor e a democracia. Eu não vi qualquer pedido dos investigadores ser negado por algum motivo. Há um clima de abertura e cooperação dos técnicos com os investigadores”, ressaltou ele.

MM/CM

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