15/03/2023 – Como forma de valorizar a pluralidade cultural e a diversidade humana a partir de trajetórias e da atuação de pessoas que contribuem para promover uma sociedade mais justa e igualitária, o  Tribunal Superior do Trabalho (TST) promoverá a primeira edição do projeto Gente que Inspira.

A cerimônia será realizada no auditório do 5º andar do bloco B, às 11h. Para participar, faça sua inscrição!

Nesta primeira edição, serão homenageadas quatro mulheres: a presidente do STF, ministra Rosa Weber; a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara; a presidente de honra da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas, Creuza Maria de Oliveira; e a desembargadora aposentada da JT Anna Acker.  

Conheça mais sobre o perfil de cada uma delas:

Rosa Weber

Nascida em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Rosa Maria Pires Weber ingressou na magistratura em 1976. Em 1991, foi promovida por merecimento ao cargo de desembargadora do Tribunal Regional da 4ª Região, órgão que presidiu de 2001 a 2003, após ter atuado como corregedora regional de 1999 a 2001.

Em 2006, tornou-se ministra do Tribunal Superior do Trabalho. Em 2011, foi indicada para o Supremo Tribunal Federal e se tornou a primeira magistrada de carreira a compor a Corte. Entre 2018 e 2020, presidiu o Tribunal Superior Eleitoral.

No ano passado, tomou posse como presidente do STF. À frente da Suprema Corte, tem atuação decisiva na defesa da democracia brasileira.

 

Sonia Guajajara 

Nascida na Terra Indígena Araribóia, no estado do Maranhão, Sonia Bone de Sousa Silva Santos, conhecida como Sonia Guajajara, é indígena do Povo Guajajara/Tentehar.

É graduada em Letras e Enfermagem, fez pós-graduação em Educação Especial. Desde muito jovem é ativista defensora dos direitos indígenas e dos direitos socioambientais, o que a tornou internacionalmente conhecida. Em 2022, entrou para a lista das 100 pessoas mais influentes da revista Times.

Também tem contribuído para levar a pauta indígena para os espaços políticos e institucionais. No ano passado, foi eleita deputada federal pelo estado de São Paulo, quando se tornou a indígena com maior votação da história do Brasil.

Fez parte da Coordenação das Organizações e Articulações dos Povos Indígenas do Maranhão (Coapima), da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB) e atuou como coordenadora executiva da APIB (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil). Além disso, integrou o GT dos Povos Originários na transição de governo.

Em 2023, tornou-se a primeira mulher indígena a chefiar um ministério: o Ministério dos Povos Indígenas.

 

Creuza Oliveira 

Natural de Salvador, na Bahia, Creuza Maria Oliveira é uma das principais lideranças e ativistas pelos direitos das trabalhadoras domésticas do Brasil.

Ainda criança começou a trabalhar como doméstica em Santo Amaro, no recôncavo baiano, onde foi vítima da violação de muitos direitos.

Alfabetizou-se aos 14 anos, com apoio do movimento negro.

Iniciou sua trajetória no movimento sindical na década de 1980. Foi uma das fundadoras e primeira presidente da Associação das Trabalhadoras Domésticas da Bahia. Atuou intensivamente para tornar legal o direito das domésticas à organização sindical. 

Foi, por duas vezes, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Domésticos do Estado da Bahia. Em 2006, assumiu a presidência da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad), entidade de que, atualmente, é presidente de honra. 

Atuou no processo de elaboração da Convenção 189 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que trata sobre trabalho doméstico, e teve importante atuação para aprovação e promulgação da PEC das Domésticas, em 2013.

 

Anna Acker

Anna Brito da Rocha Acker nasceu na cidade do Rio de Janeiro. A desembargadora aposentada do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (RJ) é reconhecida por sua trajetória de luta pelos direitos sociais e pela Justiça do Trabalho.

Ingressou na Faculdade de Direito da UFMG na década de 1940. Formada, atuou como advogada até se tornar juíza substituta do TRT-1 em 1959, após ser aprovada em concurso público. Dez anos depois, foi promovida a juíza titular. Durante a Ditadura Militar, chegou a enfrentar uma tentativa de cassação por subversão, que acabou sendo arquivada.

Em 1988 que, por merecimento, tornou-se desembargadora do Regional.

Anna Acker ajudou a fundar a AMATRA1 e foi a primeira mulher a presidi-la. Também atuou pelo desmembramento da 1ª Região, dando origem à 17ª Região (ES), em 1989.

Mestre em Direito Público pela USP, participou de congressos e seminários no Brasil e no exterior, apresentando trabalhos de sua autoria.

https://www.youtube.com/watch?v=vzXmGpWSOac

 

(Juliane Sacerdote/CF)

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Gente que Inspira: TST homenageará mulheres que atuam por uma sociedade mais justa e igualitária

Com informações do Tribunal Superior do Trabalho

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