Em 2017, antes mesmo de assumir a Presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Luís Roberto Barroso já manifestava opinião a respeito da segurança da urna eletrônica e do retrocesso que seria a impressão do voto.
Um vídeo, sem contexto e editado, tem circulado nas redes sociais insinuando que o atual presidente do TSE era a favor do voto impresso naquele ano. Essa afirmação é falsa.
Barroso sempre destacou que, no Brasil, uma das coisas que dão certo é o processo eletrônico de votação, e já afirmou que “na vida, a gente deve trabalhar para minimizar o risco de problemas, e não para aumentá-los”. Ele também declarou, desde aquela época, o sucesso do atual sistema e o bom desempenho das urnas eletrônicas.
Assista ao vídeo que desmente o boato.
Imagens de protótipo que não foi implementado
O comentário tirado de contexto foi feito durante a apresentação de um novo protótipo da urna eletrônica, em maio de 2017, quando Barroso e outros ministros do TSE manifestaram opiniões sobre o equipamento. Naquela ocasião, o ministro disse que o voto impresso é um retrocesso, mas ressaltou que a Justiça Eleitoral deveria se adequar e fazer o processo eleitoral sempre da melhor forma possível.
O vídeo foi manipulado, uma vez que, na postagem original, feita pelo TSE em maio de 2017, fica claro que o ministro Barroso comentava sobre o novo design da urna eletrônica, que havia sido apresentado naquele ano para se adaptar às exigências da Lei nº 13.165/2015, que previa, entre outras coisas, a instalação de uma impressora acoplada à urna eletrônica. O modelo acabou não utilizado, pois, antes das eleições de 2018, o voto impresso foi declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal.
Checar antes de repassar
Se o cidadão tem alguma dúvida sobre o que dizem nas redes sociais em relação à urna ou à Justiça Eleitoral, existe um espaço para checar o que é verdadeiro ou falso antes de encaminhar a mensagem. Acesse a página Fato ou Boato e fique por dentro.
Nesse espaço, é possível ver as notícias falsas que circulam por aí e que já foram desmentidas em parceria com uma coalização de agências de checagem e jornalistas da imprensa profissional. É importante destacar que, há 25 anos, a urna eletrônica brasileira garante eleições limpas, livres e seguras.
TP/CM, DM