Nós Somos a Justiça Eleitoral: sonhos realizados no TSE

Os corredores do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) são palco para a realização de planos e sonhos de servidores novos e antigos. Entre seções, documentos e atividades rotineiras, é possível ver e ouvir boas histórias de gente que supera desafios, se dedica ao trabalho, aos colegas e, por que não, ao amor?

Esse é o caso do servidor mais antigo da casa, que casou com uma colega de trabalho e formou uma grande família. Quem vê Aure Luiz Sétimo rodar pela cidade dirigindo uma van pode estranhar. Apaixonado por motocicletas, ele precisou adotar um meio de transporte um pouco maior para conseguir levar a esposa e os oito filhos.

Casado com Andréa Lisboa, que também é servidora do TSE há mais de 30 anos, Sétimo sempre dividiu os cuidados com os filhos que hoje já têm entre 12 e 37 anos. As trocas de fraldas – muitas de pano -, banhos e tarefas escolares eram atividades desempenhadas pelos dois em parceria. Essa parceria também é dividida na dedicação pela Justiça Eleitoral.

Com 37 anos de tribunal, o servidor, que atuou como motorista de ministros e chefe da então Reprografia (atual gráfica), passou a cumprir jornada noturna, o que foi fundamental para ajudar nos cuidados com a família.

Já Andréa, atualmente está lotada na Coordenadoria de Processamento do TSE e se orgulha das mais de três décadas de dedicação ao tribunal.

Servidores constroem a história do Tribunal

A história do TSE está entrelaçada à história dos seus servidores. Desde 1960, quando o então presidente da República Juscelino Kubitschek inaugurou a nova capital do Brasil, diversos órgãos públicos federais passaram a funcionar em Brasília e, no caso do TSE, a sede mudou do prédio antigo na Rua 1º de Março no Rio de Janeiro para um prédio provisório na Esplanada dos Ministérios. Lá permaneceu por 11 anos até mudar para sua primeira sede no Setor de Autarquias Sul.

Naquele prédio, em 1982, quando o jovem Raimundo Vieira da Fonseca, aos 23 anos, tomou posse no TSE, destoava um pouco do perfil dos outros cerca de 140 colegas. Na época, os servidores estavam na faixa dos 50 anos de idade e eram todos fluminenses. Naquele tempo, não havia concurso específico para a Corte Eleitoral e os trabalhadores vieram transferidos da antiga capital.

Raimundo conta que uma das principais reclamações dos colegas sobre Brasília era o fato de a cidade não ter mar. O desejo da maioria era voltar para o Rio de Janeiro. No entanto, mesmo após a aposentadoria, muitos continuaram em Brasília.

Com 38 anos de TSE, o servidor destaca que acompanhou o enorme avanço da tecnologia, que hoje permite a tramitação digital de documentos com o uso de ferramentas como o SEI e o PJe, por exemplo. 

Para quem era exímio datilógrafo em máquina manual, a chegada da máquina elétrica facilitou muito o trabalho. O computador, então, mudou completamente a forma de redigir os acórdãos dos julgamentos, seu ofício por muito tempo.

Dentre os avanços na comunicação, Raimundo se entusiasma com as formas de conexões entre o TSE e os Tribunais Regionais Eleitorais, como os encontros virtuais para o planejamento das eleições.

“Trabalhávamos muito com as mãos, hoje, usamos mais o intelecto”, conta o servidor atualmente lotado na Secretaria de Gestão de Pessoas. “Eu espero que nós da Justiça Eleitoral possamos contribuir cada vez mais com a manutenção e o engrandecimento da democracia”, conclui.

Trilhando caminhos 

E como a história nunca para de ser construída, novos servidores chegam para dar continuidade à missão de fortalecer o trabalho do Tribunal da Democracia. Esse foi o caminho trilhado por uma das mais novas servidoras do TSE, Luise Gomes Vieira, empossada em 11 de janeiro deste ano ao lado de outros sete colegas. 

A democracia sempre foi um dos assuntos preferidos de Luise. No seu Trabalho de Conclusão de Curso, ela dedicou a monografia ao tema Democracia – pilar de sustentação do TSE. Formada em Ciências Políticas, ela dedicou o trabalho aos amantes da democracia e às instituições democráticas que atuam para a sua manutenção e evolução.

Oito anos depois de sua formação como cientista política, Luise foi nomeada no TSE. Ela acredita que a jornada no tribunal será saudável e com muitas realizações profissionais.

Neste dia 24 de fevereiro de 2021, a Justiça Eleitoral comemora 89 anos caminhando com o Brasil, e Luise tem uma visão de sociedade positiva para o centenário que se aproxima: “o Brasil subirá alguns degraus no processo de transformações sociais que estão pendentes há séculos, como a melhoria da educação básica, a efetivação de direitos a pessoas à margem do Poder Público, a melhoria dos serviços públicos, a diminuição da violência urbana, a igualdade de direitos da mulher, entre outros”.

Ela também espera que a polarização da sociedade deixe de existir nesse período. “O Tribunal, nessa visão de Brasil, é uma das instituições mais importantes nesse processo, pois nada disso será possível sem o fortalecimento da democracia no país”, completa.

GA, PN/LG

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