O Supremo Tribunal Federal (STF) foi reconhecido no IV Prêmio CAMP, do Clube Associativo dos Profissionais de Marketing Político, pelas iniciativas de enfrentamento às narrativas falsas e nocivas que colocam em risco a democracia. O plano bianual 2023/2025 do Programa de Combate à Desinformação: Sociedade Informada, Democracia Forte recebeu ouro na categoria “Melhor Estratégia de Imprensa” e bronze na categoria “Melhor Case Atemporal”, ambas no segmento não eleitoral.
Instituído em 2021, na gestão do ministro Luiz Fux, o programa nasceu com o objetivo de neutralizar os efeitos negativos da desinformação, que atingem a confiabilidade da Corte e de seus integrantes, distorcem decisões e ameaçam a estabilidade democrática.
Em 2023, sob a presidência do ministro Luís Roberto Barroso, foi lançado um plano estratégico para o biênio 2023-2025, estruturado em três eixos: compreender o fenômeno da desinformação, reduzir o impacto das narrativas nocivas e recuperar a confiança da sociedade. O planejamento inclui 21 projetos e 71 metas, tudo conduzido pela Coordenadoria de Combate à Desinformação (CCOD), inserida na Secretaria de Relações com a Sociedade (SRS), com a participação de outras áreas afins, em especial a Secretaria de Comunicação Social (SCO).
Segundo os organizadores do prêmio, os trabalhos inscritos foram avaliados com base nos critérios de eficácia política, criatividade e valor de produção, em conformidade com o Código de Ética do CAMP, que estabelece princípios de democracia, ética, respeito às leis e à confidencialidade.
O júri destacou que o Programa de Combate à Desinformação representa uma referência institucional, por sua capacidade de conjugar resposta rápida a ataques, produção de conhecimento e promoção de confiança social.
“Acredito que os projetos apresentados pelo Programa de Combate à Desinformação foram premiados porque preenchem os três requisitos de avaliação”, avalia o coordenador de Combate à Desinformação e Relações com a Sociedade, Victor Durigan. “Do ponto de vista da eficácia, os projetos voltados à aproximação com a imprensa buscaram alcançar novas formas de diálogo”.
Como exemplo, Durigan mencionou a elaboração, em parceria com a Associação Nacional de Editores de Revistas (ANER), de um guia prático para jornalistas, com informações sobre como acessar dados oficiais, acompanhar processos e esclarecer dúvidas. “Nesse material, os profissionais encontram tudo o que precisam para aprimorar seus trabalhos”, explicou.
Sobre a criatividade, ressaltou que o Programa realizou, em parceria com a Aletheia Facts (ONG brasileira que promove a alfabetização midiática), uma capacitação voltada à democratização da checagem de fatos. A iniciativa permitiu que jornalistas e estudantes de comunicação conhecessem metodologias de checagem de forma gratuita, fortalecendo o jornalismo e ampliando a compreensão sobre o STF. “Isso mostra como o Programa pode pensar de forma inovadora”, acrescentou.
Por fim, destacou que o valor dos projetos foi reconhecido justamente porque foram iniciativas voltadas a aprimorar a transparência e o acesso à informação oficial e de qualidade do Supremo Tribunal Federal, “valorizando o cidadão e os profissionais da imprensa”.
Com este reconhecimento, o STF reforça seu compromisso em atuar de forma multidisciplinar e transparente no enfrentamento da desinformação, preservando a liberdade de expressão e fortalecendo o patrimônio democrático do país.
(Cezar Camilo//CF)
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