Foi encerrado, nesta sexta-feira (1º), o V Encontro Nacional de Precedentes Qualificados, que teve como tema “Diálogos para a consolidação do sistema de precedentes”. Realizado no Superior Tribunal de Justiça (STJ) em parceria com o Supremo Tribunal Federal (STF), o evento teve o objetivo de aprofundar o estudo teórico e prático dos precedentes qualificados, a fim de fortalecer a cultura dos precedentes judiciais nos tribunais brasileiros.

 

Metas do Judiciário

 

O primeiro painel da tarde abordou a análise econômica do direito e as metas relacionadas à produtividade decisória e a sua relação com os precedentes judiciais.

Para o juiz auxiliar do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) Fábio Cesar Oliveira, as metas no âmbito do Judiciário são importantes para responder os anseios da sociedade sobre a resolução de problemas. Segundo ele, a Justiça brasileira tem a obrigação de entregar à população um andamento célere, adequado e justo dos processos. A seu ver, as metas não geram um ambiente competitivo, mas colaborativo, que promove a troca de boas práticas.

 

Decisões simplificadas

 

O professor do Centro Universitário de Brasília (UniCEUB) Ivo Teixeira Jr. Defendeu uma mudança radical no formato de sentenças e decisões para que contenham, de modo simplificado, a questão jurídica debatida, a regra do Direito e sua aplicação e a conclusão.

 

Mudança cultural

 

“O futuro dos precedentes: conquistas e desafios” foi o tema do painel seguinte. A secretária de Altos Estudos do STF, Patricia Perrone, destacou a importância da mudança cultural nos tribunais sobre o sistema de precedentes. Ela apontou os desafios enfrentados na área e ressaltou que é preciso haver clareza na construção dos precedentes para que possam ser replicados corretamente.

 

Segurança jurídica

 

Representando a Advocacia-Geral da União (AGU), Isadora Arruda disse que a formação de um bom precedente facilita, garante e estimula a sua aplicação aos casos semelhantes. Para ela, um sistema claro nesse sentido dá segurança jurídica para a advocacia pública e as demais partes do processo.

 

Gestão de precedentes

 

Segundo o professor da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) Hermes Zaneti Jr., os Tribunais superiores devem reconhecer seu papel de gestão para escolher como deliberar e discutir matérias que se transformarão em precedentes. A seu ver, argumentos importantes precisam ser levados em consideração na formação do precedente, para que o assunto não seja rediscutido.

 

EC//CF

Com informações do STF

Deixe uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.