O Superior Tribunal de Justiça (STJ) lançou a 23ª edição do periódico virtual Arte no Tribunal. Produzido pela Assessoria de Cerimonial e Eventos, o periódico divulga as obras e os artistas que compõem o acervo do STJ. Nesta edição, tem destaque a escultura Navio Negreiro Adentrando na Terra-com-Males, de autoria do artista plástico Rogério Reis, localizada no espaço térreo entre os blocos B e C da sede do tribunal.

A obra, uma homenagem que Rogério Reis trouxe de forma reflexiva e impactante ao Poder Judiciário, faz um diálogo com a história e a cultura do Brasil. A escultura foi feita em madeira, com dimensões de 240 x 130 x 20 cm. Produzida entre 2012 e 2013, a peça demorou cerca de seis meses para ser concluída. Ela foi instalada em 2018 e inaugurada em 2019 de forma permanente no Tribunal da Cidadania.

Sobre o artista

O carioca Rogério Reis se formou em design na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e estudou na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (RJ). Ainda na pré-adolescência, iniciou-se no grafite, que foi a base para o desenvolvimento de uma de suas principais características artísticas, seus traços fluidos. Esses traços estão presentes nas formas das Morfoses, seu manifesto pessoal e de identidade na arte, que consiste em esculturas fluidas, conceituadas na temática de transformação e utopia.

Reis foi fortemente influenciado pelas curvas de Oscar Niemeyer e pelo conceito de utopia da capital brasileira, o que resultou na exposição Brasília III Milênio, uma visão da cidade como berço da Nova Era, realizada no Espaço Oscar Niemeyer, em 2022.

Uso democrático do espaço da cidadania

O Espaço Cultural STJ, criado em 2001, já abrigou mais de 170 exposições temporárias. Ao longo de sua trajetória, tornou-se referência como ambiente inovador e amplamente visitado pelos servidores da corte e pelo público apreciador das artes visuais.

O acervo de obras de arte do tribunal conta com centenas de peças de renomados artistas das mais diversas regiões do Brasil e do exterior. A coleção é o resultado de doações dos artistas, em contrapartida ao uso da galeria, cujas exposições se realizam mediante processo seletivo regido por edital público. As obras doadas estão distribuídas nos ambientes de trabalho das diversas unidades do STJ, onde podem ser apreciadas por servidores e visitantes.

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