Na noite desta quarta-feira (16), o Supremo Tribunal Federal (STF) realizou cerimônia que atribuiu o nome do ministro Sepúlveda Pertence ao Museu da Corte. A presidente do STF, ministra Rosa Weber, destacou que o homenageado abrilhantou o Tribunal por inúmeros anos e foi um ser humano ímpar, jurista emérito e um democrata corajoso de cultura jurídica e talento diferenciados.
Inspiração
“Encanta-me saber que o nome do ministro, magistrado e democrata de seu quilate, continuará aqui indelevelmente iluminando este espaço da memória, como fonte de inspiração da liberdade e da justiça, na reafirmação da democracia e do Estado Democrático de Direito”, ressaltou a ministra Rosa, lembrando os votos primorosos e a lucidez das soluções jurídicas propostas pelo ministro Sepúlveda Pertence.
Humor refinado
Em nome da Corte, a ministra Cármen Lúcia lembrou a trajetória de Pertence, citando sua atuação na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e no cargo de procurador-geral da República. “Como juiz constitucional desta Casa, ele reafirmou suas posições sem perder o humor refinado e audacioso com que se expressava nos debates”, recordou.
Saudade
Pela família, em relato emocionado, Evandro Pertence mencionou diversos momentos da vida de seu pai, como sua atuação na Universidade de Brasília (UnB) e o fato de ter sido perseguido político durante a ditadura. Evandro recordou, ainda, que, após a aposentadoria, seu pai continuou a acompanhar, de casa, as sessões plenárias do Supremo, por admiração do papel importante da Corte na sociedade, mas, também em razão da saudade.
Acervo
Evandro afirmou que, futuramente, a família doará à Corte parte do acervo pessoal do ministro Sepúlveda Pertence, que se mistura com a história da justiça brasileira.
O procurador-geral da República, Augusto Aras, e o presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Beto Simonetti, também exaltaram o exemplo e o legado deixado pelo homenageado.
EC//CF
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