Grupo de automação do Pje propõe reduzir movimentos, complementos e tarefas no sistema

Advogados, servidores e magistrados que atuam diretamente com o Processo Judicial Eletrônico (PJe) serão beneficiados com os resultados do trabalho de um grupo criado para estudar e propor a redução do número de procedimentos (movimentos, complementos de movimentos, tarefas e nós) no Processo Judicial Eletrônico – PJe. Instituído em maio deste ano pela Presidência do Tribunal Superior do Trabalho e pela Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho (CGJT), o grupo, chamado de gtAutomacaoPJe, teve como objetivo dar maior eficácia ao PJe, permitindo que seus usuários tenham mais acessibilidade e interoperabilidade nos sistemas de automação processual do Poder Judiciário.

Dentre os resultados positivos do trabalho do gtAutomacaoPJe, foi proposta a desativação de 389 movimentos, complementos e valores de complementos, o que representa a redução de quase 40% dos procedimentos existentes nas Tabelas Processuais Unificadas de Movimentos e de Complementos da Justiça do Trabalho. No que diz respeito ao Manual de Orientações do Sistema e-Gestão, foi proposta a exclusão de 105 itens do 1º Grau e de 37 de 2º Grau.

Em decorrência, a CGJT, responsável pela gestão das Tabelas Processuais Unificadas de Movimentos e Complementos com Acréscimos da Justiça do Trabalho e pelo Sistema de Gerenciamento de Informações Administrativas da Justiça do Trabalho (e-Gestão) e por seu extrator de dados, está adotando as providências necessárias para adequação e consequente publicação das novas versões dos sistemas à proposta apresentada pelo grupo de trabalho.

O gtAutomaçãoPJe, instituído por meio do Ato Conjunto TST.CSJT.GP.CGJT nº 24/2017, foi composto por dez membros, dentre juízes e servidores da Justiça do Trabalho. A proposta foi a de realizar estudo de viabilidade a fim de reduzir o número de movimentos, complementos de movimentos, tarefas e nós no Processo Judicial Eletrônico – PJe, em observância ao artigo 194 do Código de Processo Civil, que trata da prática eletrônica de atos processuais. De acordo com a juíza auxiliar da CGJT e uma das coordenadoras do grupo, Gisela Ávila Lutz, a análise realizada teve como premissa a preservação da integridade de informações registradas no PJe, “sem prejuízos aos dados extraídos para correições, relatórios do Justiça em Números do Conselho Nacional de Justiça, Metas Nacionais do Poder Judiciário e relatórios elaborados pela Coordenadoria de Estatística e Pesquisa do TST”.

Carlos Eduardo Tiusso, diretor da Secretaria da CGJT e integrante do grupo de trabalho, explica que a redução do registro de movimentos e seus complementos pelos usuários simplificará o controle estatístico-processual do movimento judiciário e da atuação jurisdicional do 1º e do 2º graus da Justiça do Trabalho. “O maior interesse da Corregedoria-Geral é manter a mesma dinâmica do Sistema e-Gestão nos TRTs, trazendo mais agilidade na execução do PJe, que hoje representa aproximadamente 80% dos processos na Justiça do Trabalho”, afirma. “A simplificação é fundamental, pois funciona como uma forma de deixar os procedimentos do PJe mais compactos e o sistema ainda mais ágil. Assim, o usuário externo ou interno não precisará mais ficar clicando em várias telas ou fazendo vários movimentos para concluir as tarefas no PJe”.

 (Com informações da CGJT)



Com informações do Tribunal Superior do Trabalho

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