O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Luís Roberto Barroso, exibiu nesta quarta-feira (28), na abertura da sessão plenária do STF, os três vídeos da campanha institucional #AdotarÉAmor 2025. No último domingo, 25 de maio, foi celebrado o Dia Nacional da Adoção.
Barroso explicou que a campanha deste ano visa estimular a adoção de crianças com mais idade, irmãos e pessoas com deficiência. Dados levantados pelo CNJ apontam que há cerca de 5.200 crianças à espera de um lar em instituições de acolhimento, e mais de 3 mil delas têm mais de 10 anos.
“O Dia Nacional da Adoção é uma oportunidade para refletirmos sobre a necessidade de ampliar nosso entendimento sobre o que é ser família”, disse Barroso.
“Tinder da adoção“
“A adoção é um gesto de amor e compromisso que envolve responsabilidade legal, emocional”, disse Barroso. Ele lembrou que, para garantir que esse processo seja transparente e eficiente, o Brasil conta com o Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA), plataforma administrada pelo CNJ que reúne dados de crianças e adolescentes aptos à adoção e de pretendentes cadastrados em todo o território nacional.
O SNA foi criado em 2019, na gestão do ministro Dias Toffoli. “A iniciativa tornou o processo mais confiável, ágil e seguro, porque permite cruzar informações em tempo real, facilitando a formação de novos lares. A gente brinca que é uma espécie de Tinder para adoção: quem quer adotar fica sabendo quais as crianças que estão à espera de adoção”, comparou.
Campanha
Os vídeos da campanha, produzidos pela TV Justiça, mostram depoimentos de famílias reais que optaram por adotar crianças com esses perfis, transformando suas vidas. O ministro fez uma homenagem especial e emocionada à família que adotou Samuel, que tem paralisia cerebral, autismo e deficiência intelectual. A mãe de Samuel, Tayci, faleceu de embolia pulmonar dias antes do lançamento da campanha. “Taicy será sempre um símbolo de amor incondicional”, afirmou Barroso. Seu esposo Roberto estava no Plenário. A história de Samuel é contada no primeiro vídeo.
Outro vídeo traz o depoimento de Ranara, de 13 anos. Junto com a irmã Raira, de 11, elas ganharam um novo lar quando tinham seis e quatro anos, respectivamente. O terceiro vídeo tem como personagem a servidora pública Carla. Desde criança, ela dizia que queria ser mãe adotiva. Divorciada, optou pela adoção tardia, em razão da maior autonomia de crianças mais velhas, e, em 2023, adotou os adolescentes Marcos e Lucas, então com 14 e 15 anos. No ano passado, a família cresceu com a chegada de Ana Vitória, de 12 anos.
Os vídeos foram idealizados pela conselheira Renata Gil, do CNJ, com curadoria e orientação gratuitas da agência de publicidade Calia. Parcerias com emissoras de TV aberta vão ampliar a divulgação da campanha, também sem custo.
Confira as fotos das famílias retratadas:
(Virginia Pardal com informações do CNJ//CF)