O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, recebeu em audiência na noite desta quinta-feira (23) representantes da Human Rights Watch, organização internacional de direitos humanos com atuação em mais de 100 países. Na pauta, a paz e a segurança nas Eleições Gerais de 2022.
Maria Laura Canineu, diretora do escritório Brasil/Divisão das Américas, e Cezar Muñhoz, pesquisador sênior para o Brasil na Divisão das Américas, reiteraram a confiança na democracia e no sistema eleitoral brasileiro, e a determinação da organização de refutar, junto à comunidade internacional, todas as “insinuações infundadas de fraudes nas urnas e tentativas de minar as instituições”.
No Brasil, a Human Rights Watch atua em parceria constante com organizações locais, autoridades públicas e integrantes da imprensa nacional e internacional para promover os direitos humanos na política externa e doméstica em temas relacionados à violência contra a mulher, as pessoas com deficiência e os defensores ambientais, entre outras.
Maria Laura informou que a instituição está preparada para monitorar e enfrentar atos de desinformação e discursos de ódio. “Conte conosco para defender o sistema eleitoral e combater as ameaças às bases da democracia no Brasil”, afirmou.
Do mesmo lado
O presidente do TSE enalteceu o compromisso da organização e agradeceu o apoio institucional da Human Rights Watch, em nome dos mais de 150 milhões de eleitores brasileiros que exercerão o direito de escolher livremente os representantes do país, com paz e segurança.
“Estamos do mesmo lado. Lutando pela democracia, pela liberdade, pela Justiça e pela pluralidade”, afirmou. Para Fachin, o ambiente democrático é o espaço ideal para o debate de temas importantes, “porque sem a democracia não tem nem lugar para debater pautas estruturantes”.
O ministro garantiu que a Justiça Eleitoral está preparada para cumprir a missão e o dever constitucional de diplomar todos os eleitos no pleito de 2022. “Temos um quadro normativo estabilizado, desde o ponto de partida até o ponto de chegada”, assegurou.
Ele explicou que o processo eleitoral brasileiro exige um rigoroso trabalho técnico, operacional e logístico, e enfatizou que a Justiça Eleitoral não está sozinha nessa cruzada por transparência, fortalecimento institucional e defesa da democracia.
Alianças estratégicas
No encontro, o presidente do TSE elencou as principais datas do calendário eleitoral de 2022, bem como falou sobre o programa de combate à desinformação e sobre o trabalho da Comissão de Transparência Eleitoral. Ele lamentou que a Justiça Eleitoral ainda tenha que despender boa parte do tempo para desmentir notícias falsas.
Fachin ressaltou que a defesa da democracia é um trabalho que envolve toda a sociedade, daí a importância de alianças institucionais estratégicas, nacionais e internacionais, para que o processo eleitoral transcorra rigorosamente de acordo com o lema do pleito deste ano: “paz e segurança”.
Como exemplo, ele citou a mobilização dos principais organismos internacionais de observação eleitoral do mundo para acompanhar as Eleições Gerais de 2022, entre eles, a Organização dos Estados Americanos (OEA), o Parlamento do Mercosul (Parlasul), a Rede Eleitoral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), a Unión Interamericana de Organismos Electorales (Uniore) e a Rede Mundial de Justiça Eleitoral.
MC/LC