O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, ressaltou no início da sessão desta quarta-feira (5) a necessidade de união de esforços para a preservação ambiental, especialmente da Amazônia, e o enfrentamento à mudança climática. A declaração foi feita em alusão ao Dia Mundial do Meio Ambiente.
“Essa é uma das questões definidoras do nosso tempo”, afirmou Barroso. O ministro destacou os efeitos trágicos da mudança climática, como a situação no Rio Grande do Sul, e como a proteção ambiental ainda enfrenta desafios como o negacionismo. “A natureza está advertindo a humanidade que precisamos reagir e atuar, fazendo a imperativa transição ecológica e energética para diminuir os efeitos do dióxido de carbono na atmosfera que agravam o aquecimento global”.
Para o presidente do Supremo, é essencial a preservação da Floresta Amazônica, que abriga diversas espécies da flora e da fauna brasileira, além de garantir o ciclo da água e as chuvas na Região Centro-Oeste.
Barroso ressaltou que esse ciclo, inclusive, beneficia o agronegócio. “Existe uma sinergia plena entre preservação ambiental, preservação da Amazônia e agronegócio, que é uma das locomotivas da economia brasileira. É um equívoco imaginar que exista um antagonismo entre agronegócio e preservação ambiental”, reforçou.
O ministro lembrou que o Brasil assumiu compromissos no Acordo de Paris para reduzir o desmatamento líquido a zero até 2030. Para ele, uma das soluções passa pela demarcação de terras indígenas. “Temos esse imenso compromisso com o futuro da humanidade, que é enfrentar a mudança climática e preservar a Amazônia, inclusive com demarcação de terras indígenas, que são, documentadamente, as áreas mais importantes de preservação ambiental. Onde há demarcação, a degradação ambiental é muito menor”, frisou.
Amazônia Viva
Barroso anunciou, ainda, que está aberta à visitação na Corte a exposição “Amazônia Viva”, no edifício-sede do Supremo, aberta nesta quarta-feira (5), antes da sessão plenária.
Com 10 minutos de duração, “Amazônia Viva” é uma experiência imersiva em realidade virtual pela região, utilizando filmagens em 360° para desvendar um dos lugares mais importantes do planeta. A obra trata da preservação da Amazônia, da riqueza e da diversidade desse bioma e da defesa dos direitos dos povos indígenas.
A cacica Raquel Tupinambá – da comunidade de Surucuá, onde também é respeitada liderança indígena – guia o espectador durante a viagem virtual totalmente interativa por um dos biomas mais relevantes, bonitos e ameaçados pela ação do homem.
PN//AD