A JE Mora ao Lado: “um serviço de amor à pátria”, define mesária brasiliense sobre o trabalho nas eleições

A servidora pública Graciara Barbosa Farias é brasiliense e tem 43 anos. Experiência como mesária é algo que não lhe falta, já que exerce o trabalho há 20 anos. São duas décadas colaborando com a Justiça Eleitoral e garantindo a democracia no país, o que, de acordo com ela, “é um serviço de amor à pátria”.

“Eu me sinto muito lisonjeada em prestar esse serviço como cidadã para o meu compatriota. É a organização do nosso país. Ali, vai se criando um mapa, em todas as esferas – municipal, estadual e federal –, a gente começa a ver tudo o que vai acontecer nos próximos quatro anos, pensa nas políticas públicas propostas e vê a expectativa do eleitor em votar no candidato, dar seu voto de confiança nele”, explica a servidora pública.

Veja a entrevista no canal do TSE no YouTube.

Graciara compara a primeira vez em que foi convocada para ser mesária, em 2002, com os dias de hoje. “Desde então, tem sido uma aventura. Naquela época, a gente recebia um telegrama avisando que foi convocado, ia ao cartório eleitoral, era uma forma de ser ‘empossado’ no cargo. Depois, fazia o curso presencialmente. Este ano, fiz o curso on-line”, conta.

Pausa no trabalho como mesária

Nesses 20 anos de atuação como mesária, Graciara não atuou nas Eleições Gerais de 2018. A pausa se deu por um motivo mais que especial: ela teve a filha Laura no dia 5 de outubro, dois dias antes do primeiro turno do pleito, que ocorreu no dia 7.

Ela conta como foi ficar do outro lado da mesa após 16 anos trabalhando para a Justiça Eleitoral. “Eu já havia informado que estava grávida e que não iria poder trabalhar porque o parto seria perto da data. Eu tive alta no dia da eleição, mas não votei porque já tinha passado das 17h. No segundo turno, eu votei. Me senti estranha, já que votei e fui embora. Fiquei do outro lado dessa vez, somente como eleitora”, recorda.

Além disso, Graciara destaca a amizade que tem com os demais mesários. “Em 2018, quando cheguei para votar no segundo turno, os amigos mesários disseram que sentiram minha falta, porque a gente acaba criando um vínculo de amizade”, diz.

A servidora pública finaliza enfatizando a importância do trabalho como mesária. “Eu me sinto muito útil por estar servindo ao meu país (…) Porque é um trabalho voluntário, já que, mesmo sendo convocado, você está ali se doando, doando sua atenção, sua disciplina”, conclui.

Série Mesários

Essa história faz parte da série Mesários – A Justiça Eleitoral Mora ao Lado. Os textos estão sendo publicados desde fevereiro, mês em que a Justiça Eleitoral comemorou 90 anos. A ideia é mostrar que a atuação para garantir o processo democrático por meio das eleições só é possível graças às mesárias e aos mesários que participam ativamente do processo eleitoral em todo o país.

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