Aprovada em primeiro turno PEC da avaliação de políticas públicas

O Plenário do Senado aprovou em 1º turno a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 26/2017 que cria um sistema integrado de avaliação de políticas públicas dos três Poderes. A votação foi realizada nesta terça-feira (4), e o texto recebeu 55 votos favoráveis e nenhum contrário.

A proposição, que tem a senadora Maria do Carmo Alves (DEM-SE) como primeira signatária, tem o objetivo de ampliar a atuação do Tribunal de Contas da União (TCU) e dos órgãos integrantes do sistema de controle interno dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário para permitir essa aferição. A ideia é conferir a efetividade das ações governamentais, não apenas na execução financeira, mas no que diz respeito à relação entre custo e benefício para a sociedade.

O texto aprovado no Plenário é fruto de um substitutivo apresentado pelo senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) e votado na CCJ em fevereiro deste ano, logo no início da legislatura. A proposta deixa clara a competência dos órgãos de controle interno dos Poderes Legislativo e Judiciário para avaliar políticas públicas executadas pelo Poder Executivo quanto à efetividade, eficácia e eficiência. Os resultados encontrados também fornecerão subsídios técnicos para aprimorar a gestão governamental e a formulação de novas políticas.

Além disso, a PEC especifica a função do TCU, que fará auditorias operacionais para o acompanhamento de longo prazo de políticas públicas do Plano Plurianual (elaborado pelo Executivo e aprovado pelo Legislativo), com o objetivo de avaliar a sua economicidade, efetividade, eficácia e eficiência. A avaliação do TCU poderá fornecer subsídios técnicos aos órgãos para o aperfeiçoamento da política pública.

Reforma da Previdência deve incluir estados e municípios, afirma Jayme Campos

O senador Jayme Campos (DEM-MT) disse, em pronunciamento nesta terça-feira (4), estar preocupado com a possibilidade da reforma da Previdência ser aprovada excluindo estados e municípios dos ajustes. Para ele, é preciso levar em consideração que a crise fiscal tem impossibilitado a retomada dos investimentos em todo o país.

— Nós buscamos fazer as correções em relação à economia e, sobretudo, às finanças da própria Federação, dos estados e dos municípios, para que possamos fazer a retomada dos investimentos públicos. Lamentavelmente, nós estamos diante de uma quadra muito ruim. Ela é ruim de tal forma, que os recursos, parece-me, exauriram-se nos cofres do governo federal e dos governos estaduais, e quem está sendo penalizada é a sociedade brasileira, sobretudo aqueles menos afortunados — alertou.

Jayme lamentou o que chamou de pouco esforço dos governadores, prefeitos e até mesmo dos deputados para\” a aprovação da proposta com a inclusão de estados e municípios. Na sua avaliação, a pouca mobilização é reflexo do temor do desgaste político dessas lideranças junto a suas bases eleitorais. Ele defendeu como melhor caminho a consciência e a responsabilidade de todos visando o progresso do país.

Veneziano explica voto contrário à medida antifraude

O senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB) usou a tribuna do Plenário, nesta terça-feira (4), para justificar seu voto contrário à Medida Provisória (MP) 871/2019, que busca coibir fraudes nos benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

O parlamentar disse que a matéria foi “taxada” como medida antifraude e, quem foi contrário a ela, foi considerado “a favor da fraude”. Entretanto, Veneziano afirma que essa atribuição não corresponde à realidade.

Para ele, a MP irá dificultar a manutenção dos benefícios por aqueles que dela têm direito, enquanto os grandes devedores da previdência, como banqueiros e veículos de comunicação ficarão impunes, afirmou.

— A famosa [empresa] JBS, a segunda maior sonegadora, devendo R$2,4 bilhões e ninguém fala nada. Esses R$10 bilhões que o governo diz que irá economizar, na minha opinião, será economizado muito menos pelo pente fino, e muito mais pela dificultação, pelas limitações, pelas dificuldades que serão impostas a todos esses que são possíveis e passíveis de terem ou de manterem os seus benefícios — analisou.

Alvaro Dias propõe fim de sigilo de operações de crédito com outros países

O senador Alvaro Dias (Pode-PR) pediu nesta terça-feira (4), urgência na votação de Projeto de Lei (PLS) 26/2014, que extingue o sigilo bancário nas operações de crédito de bancos públicos brasileiros firmados com governos estrangeiros.

A matéria foi aprovada pelo Plenário do Senado, mas devido à emenda foi remetida as Comissões de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), e de Assuntos Econômicos (CAE).

O parlamentar justificou sua pressa, afirmando que nos últimos anos, alguns financiamentos de obras no exterior beneficiavam países com governos corruptos e autoritários. Esse dinheiro, analisou Alvaro, poderia ser investido no Brasil.

— Nós sempre alertamos que esse dinheiro não voltaria. Essas nações não possuem potencial econômico para ressarcir o nosso país dos empréstimos realizados. E hoje nós já temos um calote de mais de US$ 3 bilhões, calote este praticado por Cuba e Venezuela — disse.

Representante do TCU revela precariedade na fiscalização de barragens

Para o Tribunal de Contas da União (TCU), o departamento que fiscaliza as barragens no Brasil funciona de forma precária. A avaliação foi trazida à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga as causas do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG) pelo secretário de Infraestrutura Hídrica, de Comunicações e de Mineração do TCU, Uriel de Almeida Papa, nesta terça-feira (4).

Relatórios do TCU apontam falhas no controle de documentação e nos planejamentos de auditoria do Departamento Nacional de Petróleo e Mineração (DNPM), que era o órgão responsável pela fiscalização do setor na época.

— O processo de fiscalização realizado pelo DNPM na época não atende aos objetivos da política nacional de segurança de barragens. As falhas e irregularidades verificadas nesta auditoria envolvem a atuação em nível institucional da autarquia e alertam para o risco latente e potencial de novo acidentes envolvendo barragens de rejeito de mineração no país — afirmou.

A senadora Rose de Freitas (Pode-ES) lembrou que a Agência Nacional de Mineração, que assumiu os trabalhos do DNPM, continua sofrendo com o contingenciamento de recursos, que provoca o declínio progressivo na estrutura da entidade.

— Ela continua funcionando enquanto nós estamos aqui sentados num diagnóstico e enquanto isso nada está sendo feito. Se ela continua, vai ter suas vicissitudes todas dentro desse processo e, nesse momento, ela pode estar fiscalizando uma barragem com essa precariedade e incorrendo nos mesmo erros que estamos aqui lamentando.

O mais recente relatório de monitoramento do TCU reafirmou recomendações anteriores, como introdução de sistemas informatizados nas inspeções, por exemplo, mas ainda há problemas estruturais e de falta de recursos e pessoal na agência.

Da Rádio Senado

Áudio: São Luís pode se tornar Capital Nacional do Bumba Meu Boi

A cidade de São Luís, capital do Maranhão, está prestes de conquistar o título de Capital Nacional do Bumba Meu Boi. Proposta (PLC 3/2018) com esse objetivo foi aprovada pelo Plenário do Senado e segue para sanção da Presidência da República. Para o relator da proposta, senador Roberto Rocha (PSDB-MA), a importância da comemoração, que conta com o título de patrimônio cultural do Brasil, justifica a iniciativa. A reportagem é de Lívia Torres, da Rádio Senado.

Áudio: Representante do TCU revela precariedade na fiscalização de barragens

Em audiência pública da CPI de Brumadinho, representante do Tribunal de Contas da União (TCU), Uriel de Almeida Papa, apresentou dados que revelam precariedade e falhas estruturais no Departamento Nacional de Petróleo e Mineração (DNPM), que era o órgão responsável pela fiscalização de barragens na época. A presidente da CPI, senadora Rose de Freitas (Pode-ES), lamentou que a Agência Nacional de Mineração (ANM), que sucedeu o DNPM, continua sofrendo contingenciamento de recursos e tem dificuldades de proceder as fiscalizações. A reportagem é de Raquel Teixeira, da Rádio Senado.

Iniciada a 292ª Sessão Ordinária do CNJ

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) realiza nesta tarde a 292ª Sessão Ordinária. Na pauta estão 14 itens entre notas técnicas, consultas, recursos administrativos e atos normativos, entre outros. A pauta completa da 292ª Sessão Ordinária pode ser acessada aqui. A sessão é transmitida pela TV Plenário e pelo canal do CNJ no Youtube.

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Por maioria de votos, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) manteve decisão do ministro Gilmar Mendes que anulou a instauração de processo administrativo disciplinar (PAD) pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra a desembargadora Ângela Maria Catão Alves, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). Ao julgar procedente pedido de revisão, o…

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Por maioria de votos, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), em sessão nesta terça-feira (4), absolveu a deputada federal Maria Auxiliadora Seabra Rezende (DEM-TO), conhecida como Professora Dorinha, da acusação da prática dos crimes de inexigibilidade indevida de licitação (artigo 89 da Lei 8.666/1993) e peculato (artigo 312 do Código Penal). A denúncia,…