Durante o webinário “25 anos da Urna Eletrônica – Uma história de sucesso”, promovido pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), nesta sexta-feira (26), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso ressaltou a importância e a confiabilidade do equipamento que transformou e trouxe agilidade no processo eleitoral brasileiro.
No encontro virtual, foram apresentados painéis sobre a história da urna, o desenvolvimento do sistema de votação e questões de segurança envolvendo o equipamento. Para o presidente do TSE, a urna eletrônica veio para acabar com as adulterações eleitorais existentes desde o início do período republicano.
“Vivemos com a ditadura e o tormento das fraudes eleitorais. E a Justiça Eleitoral sempre buscou elaborar mecanismos e modelos ideais para legitimar o voto. As pessoas têm que compreender que a urna eletrônica veio para acabar com fraudes. A urna tem um sistema auditável do início ao fim. É um equipamento à prova de hackers. O processo eleitoral e a urna eletrônica são coisas que estão dando certo no nosso país, e são um motivo de orgulho para todos”, afirmou.
O evento teve o apoio da Escola Judiciária Eleitoral Paulista (Ejep) em parceria com a seção São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SP), e contou com a exposição dos ex-ministros do TSE, Carlos Velloso e Torquato Jardim, bem como do secretário de Tecnologia da Informação do TSE Giuseppe Janino, entre outras autoridades.
Importância da urna eletrônica
Durante o webinário, o desembargador do TRE-SP, Waldir Nuevo Campos, salientou a relevância do encontro virtual com vários atores do Direito e da sociedade, justificando que a urna eletrônica é um dos sustentáculos da democracia e do processo eleitoral brasileiro.
O doutor em Direito Constitucional e fundador do Instituto Liberdade Digital, Diogo Rais, que estuda o fenômeno da desinformação online e das fake news, aproveitou o diálogo para reforçar a segurança do equipamento de votação. Segundo ele, desde 2018 a Justiça Eleitoral e a urna eletrônica se tornaram alvo de pessoas que, mesmo com as várias evidências de segurança do equipamento de votação, querem impor suas opiniões sobre algo que é não é verdadeiro.
“Quanto mais garantia [de segurança na votação], como a urna eletrônica oferece, é cada vez mais difícil fraudar. Já num voto em papel, basta contar errado. As pessoas desconfiam por uma única razão: parece que algo que é tão difícil fraudar concretamente e faz surgir a fraude imaginária. Essa acaba prevalecendo e se expandindo muito mais. E toda a tecnologia envolvida na urna fica para trás e fica valendo a opinião de uma pessoa que quer manifestar sua vontade de que aquilo não fosse seguro”, destacou.
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