Na sessão de encerramento do Ano Judiciário de 2021, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) homenageou a ministra Rosa Weber pelos dez anos como integrante da Corte, que se completam no próximo domingo (19/12). Coube à amiga e companheira de bancada, ministra Cármen Lúcia, fazer o discurso em nome do Tribunal para saudar a data.
A ministra iniciou seu pronunciamento destacando a harmoniosa e afetuosa convivência entre elas, desde o começo, e a honra em tê-la na composição e na história do STF.
Cármen Lúcia afirmou que em mais de quatro décadas de magistratura, a ministra Rosa desenvolve seu trabalho com a mesma acuidade e cuidado humano de sempre. Acrescentou que ela traz de suas origens no Rio Grande do Sul a “firmeza e retidão de direção da qual não se desvia”, e “um coração tão generoso que é capaz de sofrer a dor do outro como se fosse sua”.
Democrata, defensora dos direitos sociais e das minorias e devotada à Justiça do Trabalho, onde iniciou sua carreira na magistratura, são características da homenageada enaltecidas pela amiga Cármen. Segundo ela, Rosa “é de uma generosidade tão larga quanto sua inegável gentileza”, e com uma dedicação ao trabalho “que é um alento aos que precisam de justiça”.
Sem palavras
Muito emocionada, a ministra Rosa Weber disse não ter palavras suficientes ou hábeis para agradecer o discurso afetuoso e generoso da ministra Cármen Lúcia. Ela afirmou que vive um momento de enorme alegria, “onde vejo o tempo misturado com poesia, alimentado e iluminado pela imensa generosidade nas palavras que me foram dirigidas”.
A ministra fez questão de registrar sua enorme honra “de dividir a bancada com colegas tão especiais”. Ela ressaltou que esse convívio com seus pares a ajuda “a ter uma melhor compreensão das lides e das controvérsias constitucionais que aqui aportam e a batalhar no sentido de ver triunfar a melhor justiça”.
Falando sobre a passagem do tempo, o caminho trilhado e os dez anos rapidamente passados, a ministra Rosa Weber lembrou poetas e escritores gaúchos como Erico Veríssimo e Mário Quintana, que imortalizaram esse sentimento em suas obras.
Em nome do Ministério Público, o procurador-geral da República, Augusto Aras, saudou a ministra Rosa Weber por esses dez anos de STF, afirmando que ela é uma magistrada “que tem honrado não só a Corte, mas a todos os brasileiros”, por sua conduta sensível aos fatos do cotidiano, no trato com as pessoas e com o Direito. “Uma magistrada que vem buscando realizar Justiça com uma visão que lhe é própria”.
AR/EH