TRT-8 sedia o segundo Encontro de Autogestões em Saúde – CSJT2 – CSJT


8/4/2025 – O Plano de Assistência Saúde (PAS) e o Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (TRT8) – Pará e Amapá realizaram na última quinta, 3, e sexta-feira, 4, o II Encontro de Autogestões em Saúde, recebendo em sua sede, em Belém, secretários-gerais, diretores-gerais e gestores da área de saúde dos Tribunais Regionais do Trabalho de todo o país, do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e outros órgãos parceiros, como TRE Pará, Justiça Federal no Pará, Tribunal de Justiça do Pará e OAB Seção Pará.

O presidente da Diretoria Executiva do PAS, desembargador Francisco Sérgio Rocha, destacou que a saúde é um direito de todos e um dever do Estado. “O TRT8 tem procurado cumprir o seu dever através de seu Plano de Assistência Saúde (PAS), realizando todos os esforços para melhorar a vida dos servidores, magistrados e seus dependentes, no âmbito da 8ª Região. Esse Encontro é uma oportunidade dos tribunais que operam com a autogestão fazerem uma sinergia de esforços capaz de melhorar coletivamente a prestação dos serviços de saúde – é a nossa esperança na conclusão desse encontro”.

A presidente do Conselho Deliberativo do PAS, desembargadora Suzy Cavalcante Koury, definiu o evento como de grande relevância. “O TRT8 está muito feliz de ter conseguido trazer este evento à Belém, porque cada vez mais esses planos de saúde e de autogestão dos tribunais precisam se unir, trocar ideias, se apoiar mutuamente. Nós temos que aprender e crescer juntos. E estamos muito felizes porque até o TST tem o seu plano de gestão. Nós discutimos quais serão os próximos caminhos, que avanços nós vamos poder ter, qual é o futuro desses planos de saúde, da autogestão”.

O Plano de Assistência Saúde (PAS) do TRT8 é uma autogestão pública, com objetivo de prestar assistência médica e odontológica aos magistrados e servidores, ativos, inativos, pensionistas e dependentes, e que completará 42 anos no próximo dia 20 de abril. Além da expertise adquirida pelo TRT8 ao longo desse período, gestores de outros tribunais também fizeram sua contribuição durante o Encontro, como foi apontado pelos diretores do PAS, trocando experiências e perspectivas de futuro.

A presidente do TRT8, desembargadora Sulamir Palmeira Monassa de Almeida, apontou a saúde como um tema que desafia gestores constantemente. “A promoção da saúde suplementar, a sustentabilidade dos planos, a eficiência na gestão… Queremos que nossos planos sejam de excelência, diferenciados tanto no atendimento, quanto nas práticas, sendo inovadoras. Sabemos viver com dificuldades orçamentárias, mas entendo que é nas dificuldades que podemos nos superar. E a troca de conhecimento aqui é fundamental para avançar com tranquilidade em nossa missão. Que possamos construir soluções juntos”.

O evento contou ainda com a presença do presidente do TRT18 (Goiás), desembargador Eugênio Rosa. Ele e sua equipe estavam em Belém na intenção de tomar o TRT8 como exemplo de administração pública, haja vista que este foi certificado como o melhor Tribunal do Trabalho do país em 2024. Aproveitando sua presença, a presidente do TRT8 o convidou a participar da mesa de abertura do evento.

“A troca de expertise entre os tribunais trabalhistas hoje é um pouco mais ampla. E claro que o TRT da 8ª Região se tornou uma grande referência para a Justiça do Trabalho, porque ele é o nosso selo Excelência. É um paradigma um pouco mais elevado que o tribunal conseguiu atingir, e com isso, obviamente, demonstra que o tribunal conseguiu efetivar algumas condições de administração que nós precisamos prestar atenção para pelo menos chegar perto, não é? Então, esse é o principal motivo por que estamos aqui, coincidindo, obviamente, com o nosso interesse também por esse evento em relação à gestão da saúde corporativa. Essa experiência do TRT daqui na gestão de saúde começa a servir também de paradigma para outros Tribunais Regionais”, apontou o magistrado.

CONVIDADOS

O diretor da Secretaria de Assistência Suplementar à Saúde do TRT5, André Liberato de Matos Reis, destacou entre os desafios observados na Bahia, o fato de operadoras privadas de saúde trabalharem com média de 6% de seus usuários sendo pessoas acima dos 60 anos, enquanto planos de autogestão trabalham com uma média de 26%. Além disso apontou a “financeirização” dos serviços de saúde, sendo dominados por poucas empresas, o que também prejudica encontrar opções com valores mais acessíveis, que tem elevado os gastos, principalmente em casos de internação.

O diretor da Secretaria de Autogestão em Saúde do TRT6, Renatto Marcello de Araújo, destacou como, em Pernambuco, o plano nasceu de uma situação de crise, de esgotamento do plano de saúde anterior. “As pessoas não conseguiam mais pagar um saldo anterior e havia uma debandada de todas as pessoas jovens porque era mais barato encontrar um plano de mercado. O mais idoso não conseguia, então tinha que ficar naquele plano, então isso foi uma situação insustentável e o TRT resolveu criar um grupo de trabalho para encontrar novos caminhos”.

Simone Picolos, a coordenadora do PAS TRT8, destacou questões como as parcerias com hospitais e laboratórios, além do investimento recente em meios preventivos e de autocuidado. “Os desafios são constantes e a importância dessa conversa aqui com a gente é porque as dores são bem parecidas, apesar da realidade de cada local ser diferente, a gente tem as mesmas dores e é muito bom quando a gente compartilha. Esse é o caminho que a gente vem partilhando, da atenção primária à saúde”.

Marcus Vinicius de Carvalho, coordenador de Saúde Complementar do TST – Programa TST Saúde, elogiou a realização deste segundo encontro. “Para nós é um evento maravilhoso, aqui é a hora que a gente consegue colocar o problemas em comum a  todos para encontrar soluções, e é muito bom para os beneficiários que utilizam os planos de saúde. Essa troca trouxe questões muito frutíferas. E é um tema complexo. Como todos sabemos, a saúde custa caro para quem paga e para quem realiza, por isso convidamos também o ministro do TST Alberto Balazeiro para falar sobre a sustentabilidade desses planos, da autogestão, como isso poderá se manter nos próximos anos”.

 

Fonte: TRT da 8ª Região



Com informações do CSJT

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