Eles atuam em questões ambientais, na valorização da ciência e  no combate ao trabalho infantil 

Aira Beatriz,  Felipe Caetano e Txai Suruí

Aira Beatriz, Felipe Caetano e Txai Suruí

26/06/23 – O Tribunal Superior do Trabalho realizará, no dia 1º de agosto, a segunda edição do projeto “Gente que Inspira”. Desta vez, os homenageados são jovens que se destacaram na defesa de causas de relevante interesse social. Os escolhidos foram a líder indígena Txai Suruí, o ativista no combate ao trabalho infantil Felipe Caetano e a cientista Aira Beatriz. 

Eles compartilharão suas experiências e trajetórias de vida e receberão o reconhecimento durante a programação do Seminário Trabalho Decente, organizado pelo programas da Justiça do Trabalho de Combate ao Trabalho Infantil e Estímulo à Aprendizagem e Trabalho Seguro, que será realizado no começo de agosto (a programação completa será divulgada em breve). 

Conheça o perfil das jovens e do jovem homenageados. 

Txai Suruí, 26 anos, liderança indígena 

Da etnia Paiter Suruí, é coordenadora da Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé, que defende  a causa indígena propondo soluções para o fortalecimento da identidade dos povos indígenas de diversas regiões do Brasil.

Txai foi a única brasileira a discursar na COP 26, a Conferência da ONU pelo Clima, realizada em 2021. Atua como conselheira na WWF Brasil e no Pacto Global da Organização das Nações Unidas, além de ser colunista da Folha de São Paulo.

Também é fundadora do Movimento da Juventude Indígena de Rondônia, em que atua com denúncias sobre o avanço da agropecuária na terra indígena Uru-Eu-Wau-Wau.

Felipe Caetano, 21 anos, ativista no combate ao trabalho infantil 

Natural de Aquiraz, no Ceará, Felipe trabalhou dos oito aos 14 anos como garçom. Na adolescência, iniciou o ativismo em defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes, dedicando-se ao combate à exploração do trabalho infantil.

Felipe é cofundador do Comitê Nacional de Adolescentes na Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e foi conselheiro jovem do Unicef Brasil entre 2019 e 2022.

Em 2019, representou as crianças e os adolescentes de todo o mundo na ONU, denunciando o trabalho infantil. Também discursou ao lado do Nobel da Paz Kailash Satyarthi na reunião dos países amigos do trabalho decente, em abril de 2021, quando defendeu a união global de esforços para combater as violações de direitos das crianças durante a pandemia. 

Em dezembro de 2021, foi uma das quatro personalidades homenageadas nos 75 anos do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

Aira Beatriz, 23 anos, cientista para o mundo

Nascida em Macapá, no Amapá, desde o ensino médio é engajada nas questões voltadas para a sustentabilidade e educação ambiental. Ainda no colégio, desenvolveu projetos de iniciação científica e foi premiada em eventos de ciência no Brasil e no exterior. 

Em 2018, representou o Brasil na Conferência Internacional de Jovens Cientistas – ICYS, na Sérvia, onde conquistou o prêmio Destaque.  Em 2019, recebeu a medalha de bronze em ciências ambientais na feira I-FEST, realizada na Tunísia, que reúne jovens pesquisadores de vários países. No mesmo ano, representou o Brasil na Assembleia da Juventude da Friendship Ambassadors, na Universidade de Nova Iorque (EUA)

Foi uma das fundadoras e atualmente é vice-diretora e gerente de projetos do Instituto Leva Ciência, instituição sem fins lucrativos que trabalha pela democratização do acesso à ciência junto a estudantes da rede pública e profissionais da educação na Amazônia. O trabalho junto à entidade fez Aira Beatriz ser considerada uma das brasileiras com menos de 30 anos mais promissoras do país, na categoria terceiro setor, pela revista Forbes Brasil. 

Gente que Inspira 

O projeto do TST tem como finalidade valorizar a pluralidade cultural e a diversidade humana a partir de trajetórias, vivências e experiências de pessoas que contribuem para promover uma sociedade  mais inclusiva. 

Além de dar ainda mais visibilidade a essas pessoas, o Tribunal busca multiplicar e ampliar o alcance de iniciativas capazes de gerar transformação social. Com isso, reforça o compromisso da Justiça do Trabalho na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

(Andrea Magalhães/GS//CF)

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Com informações do Tribunal Superior do Trabalho

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