Justiça Militar participa de encontro sobre mulheres na segurança pública na Bahia

No último dia 10 de setembro, a Assembleia Legislativa da Bahia sediou o II Encontro “Empodere-se na Segurança Pública”, iniciativa voltada a debater os desafios enfrentados por mulheres que atuam em corporações policiais e militares em todo o país.

A programação contou com a participação da juíza federal da Justiça Militar, Mariana Aquino, que integrou o evento por videoconferência, e da sargento Juliana Paula, lotada no Superior Tribunal Militar (STM), que compôs a mesa de discussões.

Ambas ressaltaram a necessidade de fortalecer o enfrentamento ao assédio moral e sexual dentro das instituições de segurança, além de ampliar políticas afirmativas que garantam ambientes mais seguros e igualitários para as profissionais da área.

Um dos momentos de maior impacto foi o depoimento de Aldair Drumond, pai da policial civil Rafaela Drumond, de Barbacena (MG). Rafaela morreu por suicídio após ser vítima de assédio moral e sexual no ambiente de trabalho.

Em sua fala, Aldair destacou que “o assédio mata” e apresentou iniciativas que vêm sendo desenvolvidas para dar visibilidade ao tema e apoiar outras vítimas.

Idealizado pela sargento Nelma, da Polícia Militar da Bahia, o projeto Empodere-se vem se consolidando como espaço de reflexão e mobilização em prol da valorização e da proteção das mulheres nas forças de segurança.

Relevância do debate

Embora o tema seja transversal a todas as áreas da segurança pública, ganha especial relevância nas polícias estaduais, que concentram a maior parte do efetivo feminino no Brasil. Nessas corporações, o enfrentamento ao assédio moral e sexual ainda representa um desafio constante, agravado pela cultura hierárquica rígida e pela predominância masculina nesses ambientes.

Ao criar espaços de escuta e visibilidade, iniciativas como o Empodere-se possibilitam que profissionais compartilhem experiências, sejam ouvidas e construam caminhos concretos para a promoção da igualdade de gênero. Além disso, reforçam a urgência de políticas institucionais mais eficazes, que assegurem proteção, acolhimento e oportunidades de crescimento profissional em condições de equidade.

A participação da Justiça Militar, representada pela juíza Mariana Aquino e pela sargento Juliana Paula, demonstrou a importância do diálogo interinstitucional no enfrentamento de práticas abusivas e na construção de políticas efetivas de prevenção. Segundo os organizadores, novas edições do encontro já estão previstas, com a expectativa de expandir o debate para outros estados.

 

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Com Informações so Superior Tribunal Militar

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