Concurso para Defensoria do Rio terá cotas para negros e indígenas


A Defensoria do Estado do Rio de Janeiro
vai destinar 20% das vagas do próximo concurso, a ser realizado em março, para
negros e indígenas. 
O regulamento do concurso foi publicado hoje (24) no Diário
Oficial do Governo do Estado. 
Os candidatos vão concorrer a 27 vagas e aqueles
que se autodeclararem negros ou indígenas, se forem aprovados, terão vantagem
em eventual empate, bem como se o número de aprovados passar do número de
vagas.
O defensor público geral do Rio, Nilson Bruno, que é negro,
acredita que a medida democratizará o acesso a um grupo que não tem condições
financeiras para se preparar para um concurso como esse.
“Em um universo de 773 defensores, temos entre dez e 12
negros. Eu sou o único secretário de estado negro no Rio de Janeiro. Após menos
de 200 anos de abolição da escravatura, os negros ainda não têm as mesmas
condições [que os brancos] de disputar as carreiras jurídicas hoje. Por isso,
precisamos dar um salto de qualidade nessas ações afirmativas para que essa
desigualdade seja minimizada”, declarou o defensor.
Em junho do ano passado, o governador do Rio, Sérgio Cabral,
assinou decreto que determina que todos os concursos públicos no estado
reservem 20% de suas vagas para negros e indígenas.
Trecho da matéria de Flávia Villela, repórter da Agência Brasil

Artigo Original em Dizer o Direito

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