Além de habilidades meramente técnicas, os profissionais do futuro deverão cada vez mais ter múltiplas habilidades – desde capacidades para relacionamentos interpessoais e para aprendizagem constante até flexibilidade para se adaptar a novas tarefas. Na noite dessa quarta-feira (8), no Espaço Cultural STJ, foi lançado o livro Revolução – O tempo da transformação chegou, que aborda um conjunto de técnicas voltadas para a aquisição dessas habilidades.

A obra reúne 20 autores experts sobre o tema – entre eles Bárdia Tupy, servidora do Superior Tribunal de Justiça lotada no gabinete do ministro Moura Ribeiro e master coach de carreiras, e Lúcia Mendonça, master coach na especialidade neurocoaching/autossabotagem. Entre outros temas, o livro aborda o conflito de gerações no ambiente de trabalho, como atuar como líder de equipe em um ambiente globalizado e sustentabilidade.

Presente ao evento, o ministro do STJ Reynaldo Soares da Fonseca afirmou que esse tipo de obra é importante para o tribunal por tratar de temas que têm impacto direto na gestão institucional.

“O coaching ajuda na otimização do trabalho e na qualidade de vida dos servidores. Isso é extremamente importante para os gabinetes, as unidades e até para a vida pessoal dos servidores”, opinou o magistrado, acrescentando que trabalhou com Bárdia e Lúcia no Tribunal Regional Federal da 1ª Região e considera as duas “profissionais exemplares”.

Trazendo recursos

Bárdia Tupy aponta que o mundo está no começo da quarta revolução industrial, que tem, entre outras características, a automação, a inteligência artificial e a economia de ideias. “Já houve uma negligência emocional com servidores e trabalhadores; hoje, criar um ambiente de engajamento profissional é essencial”, afirma. Para Bárdia, o coaching traz recursos essenciais para melhorar o desempenho e as relações no local de trabalho.

A servidora acrescenta que o coaching é multidisciplinar, com técnicas da psicologia, administração e sociologia. “Nosso livro tem artigos muito ricos, e espero que ele ajude as pessoas a destravar seus potenciais.” Ela diz ainda que o STJ tem um bom programa de coaching, de vanguarda na administração pública, e que já mostra resultados positivos.

Capacidade de mudar

Lúcia Mendonça conta que se formou em administração de empresas e fez mestrado tendo como tema da dissertação a autossabotagem. “Na autossabotagem, as pessoas criam obstáculos para seu próprio sucesso, e é um dos trabalhos do coach ajudá-las a eliminar essa tendência”, explica.

Ela acrescenta que, no livro, a mudança de perfis nas profissões é um tema constante. “Hoje, tudo acontece muito rápido, e os profissionais têm que estar prontos para se adaptar. Podemos dizer que, hoje, é mudar ou morrer.”

A diretora da Escola Corporativa do STJ (Ecorp), Waldelice Poncioni, observa que o STJ já tem há algum tempo o coaching para gestores, com o foco na formação de capacidades de liderança. “Neste ano, já começamos o coaching para equipes e em breve deveremos começar o coaching individual para os servidores”, disse. Waldelice destacou que o coaching é uma das ferramentas utilizadas pela Ecorp para o aprimoramento de servidores e a política de capacitação constante.

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