09/03/23 – Integrantes do quadro funcional e da magistratura do trabalho participam, nesta quinta e sexta-feira (9 e 10), do 2º Encontro da Rede de Pesquisas Judiciárias e Ciência de Dados do Segmento da Justiça do Trabalho. O evento foi realizado no edifício-sede do TST, em Brasília. O objetivo é aprofundar o conhecimento sobre formas de pesquisa e instrumentos para organizar as buscas.

A pesquisa judiciária foi implantada no âmbito da Justiça do Trabalho a partir da publicação da Resolução 462 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que criou a Rede de Pesquisas Judiciárias e os Grupos de Pesquisas Judiciárias. A intenção do CNJ é integrar os tribunais brasileiros e promover uma gestão colaborativa de dados, evitando a duplicidade de informações.

Pioneirismo

De forma pioneira, o TST criou a Secretaria de Pesquisa Judiciária e Ciência de Dados (SEPJD) em maio de 2022. Desde então, a unidade tem se organizado para gerir e organizar os dados produzidos no âmbito do tribunal. A Coordenadoria de Estatística (Cestat) passou a integrar a estrutura da secretaria em fevereiro deste ano, a partir da publicação do Ato 44/2023

Referência

Na abertura do evento, a coordenadora da Comissão Nacional de Pesquisa Judiciária e Ciência de Dados, ministra Kátia Arruda, destacou que o tema ainda é novidade no Poder Judiciário e que não é comum à justiça trabalhar a partir de estatísticas. “Na Justiça do Trabalho, temos um papel ainda maior. Estamos na frente por já termos nossa secretaria nacional e por estarmos estruturando nossas redes em parceria com os 24 TRTs”, disse. “Tenho certeza que podemos ser referência para o Brasil”.

Ainda de acordo com a ministra, entre as funções da comissão nacional estão monitorar e avaliar a gestão e as áreas de pesquisa, além de formular propostas de aperfeiçoamento em relação à governança do TST.

Dados concretos

Para o supervisor da Secretaria de Pesquisa Judiciária e Ciência de Dados do TST, juiz Leonardo Vieira Wandelli, a temática é essencial nos dias atuais para qualquer instituição. “Precisamos produzir um conhecimento qualificado que nos permita compreender as transformações e as permanências do mundo do trabalho, nesse mundo complexo e cheio de narrativas, nas quais muitas vezes não podemos confiar”, pontuou.

Assim, segundo o magistrado, será possível aprimorar a gestão e a capacidade de julgar do Poder Judiciário e contribuir para a efetividade da justiça social.

Programação

O  2º Encontro da Rede de Pesquisas Judiciárias e Ciência de Dados do Segmento da Justiça do Trabalho continua nesta sexta-feira (10). A partir das 9h30, os participantes acompanharão o painel sobre experiências com ciências de dados e sistemas de automação já em uso, além de conhecer o trabalho em curso nos TRTs da 1ª Região (RJ) e da 18ª Região (GO).

(Juliane Sacerdote/AJ//CF)

 

Com informações do Tribunal Superior do Trabalho

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