TST assina acordo de cooperação técnica para desenvolvimento multiuso do Bosque dos Tribunais

O Tribunal Superior do Trabalho celebrou, nesta segunda-feira (5), acordo de cooperação técnica para a implementação de ações conjuntas que assegurem a gestão compartilhada do Parque Bosque dos Tribunais, o qual já recebeu o plantio de mais de quatro mil mudas de árvores típicas do Cerrado e será um espaço multiuso. O bosque está situado numa área de 588 mil m² ao redor do TST, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que também participam do acordo de cooperação junto ao Governo do Distrito Federal.

Na cerimônia de assinatura, o presidente do TST, ministro Ives Gandra Martins Filho, destacou o desenvolvimento do parque, com as árvores crescendo e a construção de calçada para caminhada. O objetivo do acordo é que os participantes assumam responsabilidades para a continuação da implantação da estrutura do local, com ciclovia, trilha ecológica e área de convivência. “Que esse tipo de cooperação seja seguido em outros âmbitos do Distrito Federal e do Brasil, pois o meio ambiente é um elemento de união, e sua preservação contribui para relações humanas mais amistosas e fraternas”, afirmou.

De acordo com a presidente do STJ, ministra Laurita Vaz, o documento permite que cada tribunal realize investimentos no sentido de recompor áreas por meio da continuidade da cobertura vegetal e da instalação de espaços de convivência. “Com a assinatura, inicia-se a análise de novos projetos executivos voltados a essas ações”, explicou.

Para o ministro Gilmar Mendes, presidente do TSE, a cooperação é um caminho essencial para a formação de um círculo virtuoso de sustentabilidade, “baseado não só no despertar de uma nova consciência, mas também na busca de soluções de gestão menos poluentes, com o uso racional de recursos naturais”. Recentemente, o TSE inaugurou uma central de produção de energia solar, “que atende a cerca de 1/3 da demanda de energia no tribunal”, afirmou.

Por fim, o governador do DF, Rodrigo Rollemberg, destacou que a gestão compartilhada é uma inovação que gera benefícios para a comunidade. “O Parque Bosque dos Tribunais é uma oportunidade de espaço de lazer e de educação ambiental para chamar atenção para a importância do Cerrado, um dos biomas de maior biodiversidade do planeta e que é a caixa d’água do Brasil – 70% das águas que abastecem as bacias do Paraná, do Tocantins e do São Francisco nascem no Cerrado”. Para Rollemberg, o bosque resgata o valor desse bioma e cria ambiente de convivência para as pessoas.

Responsabilidades

Conforme o acordo de cooperação técnica, o Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do Distrito Federal (Ibram/DF) vai categorizar o Bosque dos Tribunais como parque de uso múltiplo e elaborar o Plano de Utilização da área. Já os Tribunais vão propor atividades, projetos, obras e serviços de engenharia para compor o plano de trabalho, e, após a anuência de determinados órgãos do GDF, realizarão as atividades previstas. 

(Guilherme Santos/CF – Foto: Fellipe Sampaio)