O Tribunal Superior do Trabalho (TST) sediou nesse sábado (9) o seminário “Desafios Ambientais, Empresariais, Sociais e Culturais”. A proposta foi reunir empresários e especialistas para uma reflexão que tem como base a Encíclica Laudato Si, na qual o Papa Francisco faz um alerta para o uso e abuso irresponsável dos bens naturais, com ênfase em seu impacto sobre os mais pobres. 

O presidente do TST, ministro Ives Gandra Martins Filho, abriu o encontro falando dos 125 anos da Encíclica Rerum Novarum, do Papa Leão XXIII, que trata da condição dos operários e é considerada fonte material da CLT. Ele assinalou que o seminário e seus temas, como meio ambiente, solidariedade e empresa sem pobreza, “são afeitos às questões laborais e empresariais e estão umbilicalmente ligados às atividades do TST”.

O monsenhor Osvaldo Neves de Almeida, da Secretaria de Estado da Santa Sé, ressaltou a importância da Laudato Si para uma mudança de comportamento do ser humano na relação com o dinheiro e com as novas tecnologias. Ao agradecer pela recepção do TST ao seminário, o sacerdote lembrou que toda a vida humana gira e se desenvolve no trabalho e a partir do trabalho.

O bispo auxiliar de Brasília, Dom José Aparecido Gonçalves de Almeida, explicou que a Laudato Si é uma espécie de carta circular para toda Igreja Católica, e que o Papa Francisco espera que o documento seja uma espécie de conversão, não ecológica, mas humana, como experiência de respeito e os cuidados com “a casa comum”.

Ao longo do dia, a programação tratou sobre a responsabilidade e o papel das empresas na inclusão social e no resgate do meio ambiente. Assuntos como desastres ecológicos e a responsabilidade do empresário pelo ambiente e como uma empresa pode colaborar para reduzir a pobreza numa sociedade foram discutidos por dirigentes de empresas, advogados, representantes de ONGs e empreendedores sociais.

O ministro Ives Gandra ressaltou que os temas abordados no seminário sobre a Encíclica Laudato Si, com a reunião de empresários e especialistas, refletem a importância do documento para a reflexão dos desafios para empresas, governos e sociedade na promoção do ser humano. 

(Secom-TST)

Com informações do Tribunal Superior do Trabalho

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